Glândulas Sebáceas fISIOLOGIA da pele

Glândulas Sebáceas

Normalmente associadas a folículos, em algumas regiões como pálpebras, mamilos e mucosas, elas parecem se originar de forma independente e drenam o seu conteúdo diariamente para a superfície da pele.

As glândulas sebáceas são glândulas holócrinas. Sua secreção é formada pela transformação da célula inteira num reservatório lipídico, e os sebócitos são continuamente repostos pela atividade mitótica da camada basal. Essas células migram, após o processo mitótico, para a abertura das glândulas e aumentam seu tamanho em aproximadamente, 150 vezes durante a síntese dos lipídios. Quando explodem, seu conteúdo é liberado para o canal do folículo piloso. Da mitose até a sua ruptura, podem decorrer aproximadamente duas a três semanas, e o sebo produzido nas glândulas sebáceas pode levar até uma semana para atingir a superfície da pele.

As glândulas sebáceas apresentam atividades diferenciadas ao longo da vida, respondendo a diversos ciclos cronobiológicos e sendo consideradas, como os folículos capilares, as principais estruturas reguladas pelos processos hormonais.

Surgem a partir do germe epitelial primário, entre a13ª e a 15ª semana de gestação, produzindo um verniz caseoso que protege o epitélio do feto. São desativadas no nascimento, quando o estímulo por meio da dehidriepiandrosterona (DHEA) materna deixa de existir e permanecem praticamente inativas na fase pré-puberal. Com cerca de 8 a 10 anos, iniciam-se a produção de sebo e o crescimento das glândulas promovido pela DHEA. Finalmente, na adolescência, por meio de estímulos dos hormônios ovarianos e testiculares, aumentam de tamanho, tornando-se ativas, acompanhando o desenvolvimento dos folículos pilossebáceos de características sexuais.

A produção de sebo é fortemente dependente dos hormônios androgênicos, observando-se que a sua produção média em homens é cerca de 50% superior àquela observada nas mulheres: um estudo realizado na Coréia mostra uma média de produção de sebo de 150 em homens e mulheres, respectivamente. Paralelamente, a redução da produção androgênica após os 50 anos em média provoca a redução de sebo cutâneo.

Os hormônios, cujos precursores estão presentes em toda a pele graças à liberação glandular, atuam sobre receptores hormonais específicos nos sebócitos.

Os hormônios estrogênicos exercem regulação negativa sobre a produção de sebo, enquanto a administração de hormônios androgênicos aumenta a produção das glândulas sebáceas, mesmo em indivíduos normais.

Nas mulheres, as glândulas sebáceas e os folículos pilossebáceos respondem aos ciclos hormonais. Durante a fase de ovulação, os poros são aumentados, havendo também um aumento da produção de sebo. Contudo, a ocorrência de acne não está diretamente correlacionada ao aumento dos folículos.

Também são observadas perdas na produção de sebo após a menopausa, interferindo na lubricidade da pele. Essas alterações podem ser regularizadas por uma terapia de reposição hormonal.

Após o nascimento, as glândulas sebáceas permanecem praticamente inativas até a adolescência, quando pelos estímulos dos hormônios androgênicos aumentam de tamanho,

Tornando-se ativas. Perdas caracterizadas por processos de castração ou redução produção androgênicos após os 50 anos, em média, leva a uma redução do sebo cutâneo. Os hormônios estrogênicos exercem regulação negativa sobre a produção de sebo, enquanto a administração de hormônios androgênicos aumenta a produção das glândulas sebáceas, mesmo em indivíduos normais.

Na gestação, há um aumento de atividade das glândulas sebáceas, resultado do aumento de estrógenos circulantes, sendo a ocorrência de episódios de acne considerada imprevisível.

Composição do Sebo

O sebo é uma mistura composta de triglicerídeos ésteres de ácidos graxos, ceras esterificadas, esqualeno e ésteres de colesterol. Sua formação principal é a proteção da pele – controlando a perda de água transepidermal, formando uma barreira à prova d’água e inibindo o crescimento de fungos e bactérias.

Na face, pode-se encontrar uma média de trezentos a novecentos folículos pilossebáceos por centímetro quadrado; no peito, no ombro e nas costas, esse valor se aproxima de cem unidades por centímetro quadrado.

Vários fatores estão envolvidos na regulamentação da quantidade de sebo depositada na superfície, por isso, não se deve considerar apenas o que ocorre nas glândulas sebáceas como responsáveis pela oleosidade da pele.

Durante sua migração para a superfície, esse sebo tema composição alterada por processos oxidativos ou pela ação de microrganismos – principalmente Propionibacterium acnes (hidrólise de triglicerol) dentro do canal pilossebáceo e Staphylococcus (formação de éster de colesterol) na pele perifolicular. A esse sebo juntam-se lipídios epidérmicos para formar o manto lipídico que recobre o estrato córneo.

Peles oleosas resultam da produção acentuada de sebo, que preenche o folículo sebáceo até atingir a superfície. O estrato córneo, além de agir no transporte de compostos lipofílicos para as camadas superficiais da epiderme – embora não tenha correlação direta coma barreira cutânea.

Espalhado na superfície cutânea, o sebo pode penetrar as camadas superiores do estrato córneo, diminuindo a permeabilidade da água e aumentando a resistência a ácidos, álcalis e contaminantes biológicos.

Peles secas e oleosas não são, portanto condições opostas podendo coexistir em certas regiões da face – embora, na maioria das vezes, a oclusão provocada pela película oleosa tende a mascarar o processo xerótico.

A própria classificação de peles de acordo com a quantidade de sebo produzido depende muito da região geográfica onde se realiza a análise, pois regiões com clima mais seco requerem uma pele mais impermeável, e, portanto maiores quantidades de sebo superficial são toleradas. Em climas úmidos, o filme formado pelo sebo impede a perda de água transepidermal, aumentando o desconforto no calor. Dessa forma, a classificação “oleosa”, “normal” ou “alipídica” (sem oleosidade) obedece mais a critérios sensoriais que propriamente a critérios quantitativos.

Referência Bibliográfica: Harris, MINC. PELE - Estrutura, Propriedades e Envelhecimento. 3ª ed. , Editora Senac. 2010.

Verificação do Aprendizado

1) De acordo com a classificação de peles, podemos afirmar que peles oleosas resultam:

a) Produção moderada de sebo, portanto, não apenas preenche o folículo sebáceo mas o excede

b) É uma pele com pouca tolerância e com uma derme muito vacularizada e propensa a reagir quando está em contato com diversas substâncias.

c) Da deficiência de sebo e consequentemente de água

d) De poros fechados e regulares, com produção de sebo um pouco acentuada até atingir a superfície da epiderme

e) Produção acentuada de sebo, que preenche o folículo sebáceo até atingir a superfície

2) Sobre a composição do Sebo, responda:

a) O sebo é uma mistura composta de triglicerídeos ésteres de ácidos graxos, lipídeos, ceras esterificadas, gorduras, esqualeno e ésteres de colesterol.

b) O sebo é uma mistura composta de triglicerídeos ésteres de ácidos graxos e ceras esterificadas

c) O sebo é uma mistura composta de ceras monoésteres

d) O sebo é uma mistura composta de triglicerídeos ésteres de ácidos graxos, ceras esterificadas, esqualeno e ésteres de colesterol.

e) O sebo é rico em lipídios, tais como os triglicerídeos e ácidos graxos

Created By
Ciliana Antero
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Credits:

Created with images by Josch13 - "frangipani plumeria flower"

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