Por Beatriz Braga, George Lôla, Ilanna Barbosa, Juliano Ferreira, Laina Ramos, Laricio Lafaiete, Paulo Costa e Tarcilla Félix.
A TÉCNICA POR TRÁS DA ARTE
Arte de rua, street art, arte urbana. Seja qual for a nomenclatura, basta uma simples caminhada pelas ruas de Juazeiro e Petrolina pra perceber que esta forma de expressão está tão presente em nosso cotidiano, e com uma vasta variedade de estilos que muitas vezes nem nos damos conta: graffiti, stêncil e lambe-lambe são só alguns deles que podem ser encontrados na nossa região.
Quando nos deparamos com uma intervenção artística na rua, o que visualizamos é apenas o resultado final de um processo que envolve conhecimento prévio e técnica. Independente de significado, interpretação e a leitura que fazemos, há muito mais por trás da arte do que imaginamos.
Grafite: a voz das ruas
Grafite, Grafiti, Grafito. São vários os nomes para essa intervenção urbana, que vem ganhando mais e mais espaço no mundo artístico, tornando-se não só uma intervenção presente nas ruas, mas também em residências e estabelecimentos comerciais, por exemplo. Tal fato vem mostrando que o trabalho dos grafiteiros tem sido cada vez mais reconhecido, pela sociedade, não mais como vandalismo e/ou poluição visual, mas como arte.
Surgido na década de 70, o grafite caracteriza-se, essencialmente, por desenhos feitos em paredes de locais públicos, os quais são feitos, quase sempre, com o intuito de expressar sentimentos, ideias, opiniões e até críticas ao sistema.
Em Juazeiro (BA), o Grafite está presente em vários pontos da cidade, sendo bastante comum andar a pé pelas ruas e se deparar com uma arte nova.
VOCÊ SABIA?
O Grafite tem relação com vários movimentos, inclusive o “Hip-Hop”;
Os que os grafiteiros utilizam como material são as tradicionais latas de spray, e também galões de tinta;
Principais termos e gírias: grafiteiro/writter (artista); bite (imitar o estilo de outro grafiteiro); crew (grupo de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo); tag ( assinatura); toy (grafiteiro iniciante); spot (local da prática do grafite).
Durante a ação, recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção, como: máscaras respiratórias e luvas;
O graffiti está para o texto / como o grito está para a voz / o graffiti é um berro / é um fenômeno poético
Paulo Leminski
Stencil
Talvez você não saiba, mas a origem do stencil é bastante antiga – lá na China e Japão em 500 a.c., segundo alguns estudiosos. A técnica se utilizava de elementos naturais, como folhas e rochas. Só depois com o surgimento do papel que se começou a entalhar forma, desenho e escrita até chegar à técnica mais comum hoje, utilizando uma placa como molde para figura. Presente em grande maioria das obras de Banksy, um dos mais famosos artistas de rua do mundo, o stencil vem sendo muito utilizado para decorar paredes, móveis e outros objetos. Uma técnica simples e que pode ter várias características, como explica Morgana Caroline, artista e estudante de artes visuais da UNIVASF.
Lambe-lambe
O lambe sempre esteve ligado aos fotógrafos que retiram fotos em espaços públicos, e também está bastante relacionado ao grafite e ao stencil. Apesar do lambe-lambe não ser considerado crime no Brasil, muitas pessoas ainda o consideram como material que suja e danifica o ambiente. Porém, o estilo é considerado uma intervenção urbana, uma forma de comunicação e que demanda a utilização de materiais simples e de fácil manejo.
A estudante do curso de Enfermagem na UNIVASF e Militante da Marcha da Mulheres em Petrolina, Thamires Passos, explica como se realiza essa atividade. Acompanhe!
Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Curso de Jornalismo em Multimeios. Disciplina: Jornalismo Online. Professor orientador: Cecilio Bastos.