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Comunidade Gamer Feminina Uma análise sobre o cenário feminino nos games

As mulheres vem conquistando cada vez mais espaço na sociedade em ocupações que eram consideradas “exclusivamente masculinas”, essa realidade não é diferente no mundo dos vídeo games. O mundo dos jogos digitais é um ramo bastante amplo para ser explorado por todo tipo de pessoas e com o tempo as mulheres vem abrindo mais espaço em diferentes ramos do universo, tanto que em alguns setores o número de mulheres supera o de homens no mundo.

A mudança de perspectiva das mulheres no mundo dos games não mudou somente no número de jogadoras profissionais ou casuais, o crescimento de personagens femininas fez crescer o empoderamento do setor feminino dentro do espaço masculino, tendo personagens icônicas como Lara Croft, de Tomb Raider, Chun Li primeira personagem feminina nos games de luta de Street Fighter, Aloy de Horizon Zero Dawn, entre outras.

Estilos de jogos de cada mulher

A quantidade e diversidade e estilos de jogos sejam eles casuais ou competitivos, para as mulheres engana-se quem pensa que são jogos mais tranquilos, hoje as mulheres buscam por jogos mais realistas e "fortes" . Jogos de aventura, estratégia e ação são as maiores preferências do público feminino.

Estilo de cada jogadora

Segundo o artigo sobre a tipologia das jogadoras do Brasil, foram entrevistadas 668 mulheres onde as categorias das jogadoras são definidos por colecionadora que quer realizar objetivos do jogo, comandante que aprecia resolver quebra cabeças, exploradora que tem interesse maior em gráficos e geografia dos games. Esses estilos são os mais visados pelas mulheres, contudo existem estilos como conquistadora que tem prazer em vencer os jogos mais difíceis e desafiadores, socializadora que gosta de interagir com outros jogadores.

Infográfico mulheres no mundo dos games

Preconceito no mundo dos games

A vida de jogador é pautada de diversos desafios como a superação de objetivos impostos pelo próprio game, porém para as mulheres esse desafio ultrapassa o ambiente digital e vai para o mundo real onde existe muito preconceito dos homens. Esse preconceito pode ser de várias maneiras como xingamentos, banimentos, ou outros abusos morais.

Esse assunto tomou uma proporção de em um campeonato oficial de League Of Legends a equipe ROX composta por apenas homens foi acusada de machismo contra a equipe Vaevictis Esports, composta somente por mulheres pelo momento de seleção de banimento escolherem somente personagens suporte, categoria mais escolhida por mulheres que jogam games competitivos.

Assédio no mundo dos games

Assim como existe o preconceito, há também a grande parcela de mulheres que são assediadas por outros jogadores. Esse assédio por ser excessivo várias jogadores optam por esconder seus nomes em nicks (nomes virtuais) masculinos ou abstratos.

Os casos de assédio fizeram jogadoras profissionais como a Nicolle Merhy, conhecida como Cherrygumms, que participa de um movimento chamado #Mygamemyname onde é voltado para o combate ao assédio e bullying contra as mulheres nos jogos, esse movimento foi criado por uma ONG americana chamada Wonder Woman Tech e tem até homens participando da campanha como Davy Jones, Patriota, entre outros.

Conquista por espaço

A busca por espaço das mulheres no mundo dos games ultrapassa o setor de somente jogadoras, até o ramo musical as mulheres tem apresentado bastante relevância e aceitação do público, como foi com o grupo de K-Pop virtual chamado K/DA, composto inteiramente por mulheres que utilizam personagens de League Of Legends para serem suas representantes nos vídeos das músicas. Akali, Ahri, Evelynn e Kai'Sa são as personagens que as cantoras usam para seus clipes.

Mesmo sendo ainda uma área bastante inexplorada, a quantidade de mulheres ocupando cargos como comentaristas, apresentadoras, etc. É o que explica a editora-chefe do site Versus e-sports, Bárbara Gutierrez. “Estamos melhorando e muito, hoje em dia temos vários campeonatos de e-sports como Rainbow Six e Counter Strike que não temos somente jogadoras, mas temos também mulheres em outras áreas como apresentadora, jornalista ou locutora”

Bárbara Gutierrez, editora-chefe do site Versus e-sports.

O interesse pelo competitivo dos e-sports

Muitas mulheres não querem jogar apenas casualmente, é o caso da estudante de publicidade e propaganda de 22 anos, Clara Luise. Clara explica como foi que ela começou a se interessar sobre o cenário competitivo de League Of Legends e também das suas dificuldades dentro do ambiente do jogo por ser mulher.

O convívio com os jogos casuais

Entre jogos competitivos e casuais , as mulheres também dominam o mercado. Jogos casuais não focam somente em jogos de estratégia ou aventura, jogos como os de tiro, ação e puzzles são também muito escolhidos pelas mulheres. É o caso de Renata dos Santos de 20 anos, ela tem um interesse maior por jogos de celular.