View Static Version
Loading

Protegendo o Pampa brasileiro Conheça o Pat Campanha Sul e serra do sudeste

Oi! Estás começando agora uma jornada muito especial através de uma região linda e sua imensa biodiversidade.

(Foto: Glayson Bencke)

Nesta revista digital tu vais saber mais sobre a riqueza desta terra.

Vais conhecer o projeto que busca proteger espécies Criticamente em Perigo (CR), que possuem alto risco de extinção e que necessitam de ações efetivas de conservação.

(Fotos no sentido horário: Adriano Becker, Vera Colares e três fotos de Paulo Backes)

Essas são algumas espécies que precisam ser protegidas para não correrem o risco de desaparecer.

(Fotos no sentido horário: Flavia Tirelli, Patrick Colombo, duas de Priscila Ferreira e Matheus Volcan)

Essa é a missão dos Planos de Ação Territoriais (PAT) para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção.

Os chamados PATs são parte importante do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção, integrando o Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente.

No Pró-Espécies existem 4 frentes de trabalho:

  1. Integrar a conservação de espécies ameaçadas em Políticas Setoriais;
  2. Combater a caça, a pesca e a extração ilegal de espécies silvestres;
  3. Alertar e detectar precocemente espécies exóticas invasoras;
  4. Coordenar e comunicar.

(Foto: Priscila Ferreira)

É na primeira função que se encaixam os Planos de Ação Territoriais (PAT), um reforço e tanto nas políticas públicas de conservação ambiental!

Cada PAT vai atuar em uma região para conservar animais e plantas ameaçados, sempre com atenção à realidade daquele ambiente natural.

Espalhados por 13 Estados do Brasil, no Rio Grande do Sul o PAT é coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e implementado junto a diversos parceiros da região.

(Fotos: Priscila Ferreira e Paulo Backes)

O PAT tem o objetivo de garantir o futuro de plantas e animais típicos que têm sua existência entrelaçada ao DNA pampeano.

Tu vais entender quais são as ameaças e que ações podem evitar a extinção de pelo menos 30 espécies que fazem a natureza gaúcha ser o que é.

Então pega teu mate e vem com a gente nessa jornada!

(foto: Shutterstock)

Que tal uma imersão nessa viagem? Tu podes curtir a revista ouvindo uma playlist instrumental bem gaudéria! Ajusta teu volume e clica aqui!

Nossa sugestão:

Se estás aqui pela primeira vez, a melhor forma de aproveitar a revista é ler com calma, curtindo cada página. Quando quiseres reler algum conteúdo, basta clicar nos botões:

A gaúcha e o Pampa

(Fotos: arquivo pessoal Vera Colares)
Às seis da manhã o galo canta na propriedade da família Colares, no distrito de Palmas, em Bagé...

É lá na Campanha*, entre as pequenas colinas do Pampa, que Vera nasceu, cresceu e ainda vive.

Ela bem que experimentou outros lugares mais urbanos, numa época em que saiu pra estudar e trabalhar na cidade grande.

Mas toda vez que voltava pra Campanha pra ver a família, tinha a mesma sensação...

A sensação de pertencimento levou Vera de volta pra casa. E hoje, aos 56 anos, faz com que ela pare qualquer tarefa no campo pra apreciar a vista das coxilhas*.

“Tem dias que o entardecer é belíssimo...”

“A lua nasce por trás de uma cordilheira de pedra. Se eu vejo uma coisa linda assim, paro tudo e fico contemplando. A natureza te chama pra contemplar.”

Pra Vera, uma das partes mais especiais da vida campeira é poder sair para uma caminhada pelos campos ao lado de casa e ser surpreendida por espécies silvestres, como capivara, zorrilho e uma infinidade de aves diferentes.

Mas o que aguça mesmo a curiosidade da moradora são as espécies mais raras, aquelas que pouquíssima gente tem contato!

Ela teve a chance de observar alguns deles só vez ou outra em que a chuva fez correnteza.

Raridades que tornam a região da Campanha ainda mais especial e deixam Vera na torcida pra que essa biodiversidade jamais se perca.

Proteção do pampa

A proteção que Vera tanto sonha pra sua terra é o principal objetivo do PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste.

A iniciativa busca reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de pelo menos 30 espécies Criticamente em Perigo (CR).

Desde 2004, os chamados Planos de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN) são políticas públicas do governo brasileiro para organizar esse tipo de ação.

Desta vez, pra garantir a conservação de espécies e ambientes naturais específicos, foi preciso integrar uma estratégia a mais.

(Foto: Adriano Becker)

A ideia de atuar em 13 Estados diferentes, cada um com tantas peculiaridades, fez surgirem os Planos de Ação Territoriais (PAT). Cada PAT vai aplicar estratégias para conservar fauna e flora, considerando a realidade local de cada uma das regiões.

Dos 24 territórios priorizados pelo Pró-Espécies, 5 se distribuem no Rio Grande do Sul e 2 abrangem o Bioma Pampa.

(Foto: Priscila Ferreira)

Céu, sol, sul, terra e cor

(inspiração da música do cantor tradicionalista Leonardo)

O Pampa, com suas ricas paisagens naturais, é berço do povo gaúcho, uma gente com fortes tradições ligadas aos campos nativos.

Uma relação que moldou tanto o ambiente natural quanto o próprio gaúcho, gerando uma herança histórica única!

(Foto: Adriano Becker)

Seja na culinária, na arquitetura e nas lidas campeiras, todos os nossos costumes tornam o Pampa uma verdadeira paisagem cultural feita de pessoas como a Vera.

(Foto: arquivo Vera Colares)

Esse ambiente que desenhou sua própria gente também desenhou uma natureza muito peculiar.

(Foto: Shutterstock)

Nesses pagos* há uma enorme diversidade de plantas e animais adaptados ao ambiente campestre, incluindo as espécies exclusivas do Pampa - ou seja, endêmicas, que surgiram e só ocorrem aqui.

Paisagens que já inspiraram belos poemas e músicas!

“...troquei as rédeas de mão, mudei o pala de braço. E vi a lua no espaço, clareando todo o rincão.” - letra de Deixando o Pago

As palavras do poeta João da Cunha Vargas pintam com maestria as emoções despertadas por esse Bioma chamado Pampa, palavra de origem indígena (aimará e quéchua) que significa “planície”.

(Montagem com fotos de Vera Colares e Priscila Ferreira)

Reconhecido oficialmente como Bioma brasileiro só em 2004, o nosso Pampa cobre uma área de 178 mil km2.

Isso é mais da metade do território gaúcho (63%), único estado em que ocorre.

(Foto: Paulo Backes)

Mas essa região natural não é só brasileira.

Ela se estende por cerca de 750 mil km2 em todo Uruguai, centro-leste da Argentina e extremo sudeste do Paraguai.

(Foto: Adriano Becker)

Território Campanha Sul e Serra do Sudeste

(Foto: arquivo Vera Colares)

Este é um dos locais mapeados para receber as ações de conservação no Pampa brasileiro:

(Mapa: Claudio Henchel de Matos / Arte: Renato Cardoso)

Esses 18 municípios abrangem paisagens bem características em regiões como os campos de Bagé, onde a Vera vive.

(Próxima foto: Priscila Ferreira)

Paisagem no município de Herval. (Foto: Fabio Torchelsen)

Relevo plano e suavemente ondulado, com extensas formações campestres que só são quebradas por matas de galeria e formações arbustivas ao longo dos cursos d’água.

Município de Caçapava do Sul. (Foto: Adriano Becker)

Relevo movimentado com formas arredondadas, com com diversos tipos de vegetação, como campos, vassourais (vegetação arbustiva), florestas em encostas com declividades acentuadas e ao longo dos rios, riachos e arroios.

Quer saber mais sobre o Bioma Pampa e as características do território?

O PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste foi pensado respeitando a riqueza e forte associação da paisagem natural e cultural do Pampa.

Seu principal objetivo é melhorar o estado de conservação de 30 espécies ameaçadas de extinção e seus ambientes. São 14 espécies de animais e 16 de plantas.

Com alguma paciência, é possível registrar algumas dessas espécies...

(Próximas montagens feitas com fotos de Patrick Colombo, Glayson Bencke e Felipe Peters)

Quer ver como ficaram essas e outras fotos tiradas no Pampa?

É só dar play no vídeo abaixo:

(Vídeo feito com fotos de Priscila Ferreira, Acervo PAT, Luis Oliveira, Caroline Espinosa, Felipe Peters, Glayson Bencke, Martin Grings, Marcelo Loureiro e Luis Esteban Lanés)

Agora te aprochega* que a gente te conta um pouco mais sobre todas essas espécies-alvo, como são chamadas aquelas protegidas pelo PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste.

Tu vais conhecer as maiores ameaças e em que lugares elas se encontram no Território.

Vais perceber que muitas dessas plantas e animais vivem em situações extremas e, apesar da capacidade de adaptação, são bastante vulneráveis e necessitam de proteção urgente.

Fauna

Existe um gato muito especial por esses pagos*.

Ele é pequeno, pesa entre 3 e 4 quilos, e se parece com outros felinos do Pantanal e do Cerrado.

(Foto: Flavia Tirelli)

Apesar da semelhança, pesquisadores descobriram que a espécie que vive no Rio Grande do Sul, no Uruguai e em um pedacinho da Argentina é única no mundo.

Por isso ele se chama gato-dos-pampas, ou também gato-palheiro-pampeano (Leopardus munoai). Ele tem esse nome, palheiro, porque vive em locais com palha bem alta, em banhados, matas e campos com bastante vegetação nativa.

(Fotos: Felipe Peters)

O problema é que ele está perdendo esses campos para a agricultura, plantio de eucalipto e outras atividades.

Além disso, muitas pessoas costumam caçar o gato-palheiro em retaliação porque ele é predador de aves criadas em casas da região. A transmissão de doenças por animais domésticos e os atropelamentos nas rodovias também são fortes ameaças ao nosso gato silvestre.

(Foto: Felipe Peters)

A perda do habitat natural para a agropecuária também ameaça outra espécie típica do Território. Estamos falando do sapinho-de-barriga-vermelha-do-pampa (Melanophryniscus sanmartini), encontrado tanto no Rio Grande do Sul quanto no Uruguai.

Ele ainda é pouco conhecido até para os cientistas, mas já se sabe que a reprodução acontece depois de chuvas fortes.

Ele usa pequenas poças d’água temporárias em áreas de nascentes. A principal alimentação vem de formigas e ácaros, e é assim que o anfíbio consegue sua defesa química.

E sabe por que ele é chamado de sapinho, assim no diminutivo?

Porque ele é muito pequeno mesmo! Mede no máximo 2,4 centímetros - menor que uma moeda de um real!

Ele vive exclusivamente em paisagens campestres e por isso sofre quando esses locais são transformados para uso na agricultura.

(Ilustrações feitas com foto de Patrick Colombo)

Entre os animais Criticamente em Perigo (CR) de extinção no Território estão pequenos peixinhos de vida breve e enorme capacidade de sobrevivência.

Encontrar um animal destes é sempre uma experiência extraordinária, porque observar esses peixes típicos do Pampa é muito raro.

(Fotos: Matheus Volcan)

São ao todo 12 espécies protegidas pelo PAT.

Os animais são chamados de peixes anuais porque vivem somente em determinada época do ano em áreas úmidas temporárias, como poças formadas pelas águas das chuvas.

Esses ambientes, que estão isolados dos rios, lagos e lagoas, são associados a ambientes de banhado.

(Fotos em sentido horário: três de Matheus Volcan e uma de Luis Esteban Lanés)

Antes de morrerem, porém, deixam seus ovos depositados no mesmo lugar onde viveram, para que uma nova geração tenha chance de nascer no ano seguinte.

(Foto: Pedro Hoffman)

Os ovos desses peixes são muito resistentes à seca, por isso permanecem por meses enterrados no lugar onde as poças secaram até que elas voltem a encher no próximo período chuvoso.

Os peixes anuais evoluíram e se adaptaram a esse tipo de ambiente.

(Foto: Luis Esteban Lanés)

Eles dependem dessas mudanças naturais do clima para completarem o ciclo de vida.

(Foto: Vinícius Bertaco)

Peixinhos com poucos centímetros que dão uma verdadeira lição de luta pela sobrevivência e de adaptação a condições extremas.

O problema é que a ação do homem pode colocar em risco até mesmo as mais resilientes das espécies.

Uma das principais ameaças aos peixes anuais está na degradação das áreas úmidas onde vivem, que são frequentemente aterradas ou drenadas.

(Fotos: Matheus Volcan)

As principais causas desse prejuízo são a expansão urbana desordenada, a transformação de banhados em lavouras e as obras de infraestrutura feitas exatamente nos locais onde esses peixinhos vivem.

Flora

Conforme dados de 2018, elas abrangem 46,8% do território...
Esse espaço vem diminuindo à medida que cresce a atividade agrícola, o cultivo de eucalipto e de pastagens.

E isso precisa mudar!

A transformação de campos nativos em monoculturas causa um dos maiores impactos às espécies da região.

Mas não é só esse o problema: existe muito mais ameaça do que se pode imaginar.

(Foto: Priscila Ferreira)

A flora é afetada também por uso de agrotóxicos, diminuição de animais polinizadores, como as abelhas, turismo desordenado, pisoteio de animais e extrativismo ilegal para venda de plantas ornamentais.

(Foto: Andres Gonzalez)

Sim, até aquela plantinha linda que tu viste sendo vendida como decoração num mercado botânico pode ter sido fruto de uma atividade proibida que ajuda a pôr em risco nossa biodiversidade.

Agora vem conhecer de perto as espécies da flora protegidas pelo PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste:

As espécies de ervas e arbustos do PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste são encontradas nos campos, nas florestas e nas rochas do território.

São criticamente ameaçadas de extinção principalmente por: expansão agrícola e urbana, contaminação por agrotóxicos, fogo, mineração, invasão de espécies exóticas, pisoteio e pastejo de animais criados soltos.

Três dessas espécies são ervas bem delicadas que têm flores amarelas ou brancas.

A bibi-doce (Herbertia zebrina)...

(Essa foto e a próxima: Leonardo Deble)

A bibi-amarela (Cypella magnicristata)...

E a bibi ou flor de quero-quero (Cypella pusilla) dão juntas um colorido todo especial aos nossos campos e rochas.

(Foto: Fabio Torchelsen)

Elas só existem no Rio Grande do Sul. Para ver essas flores abertas é preciso acordar cedinho, pois à tarde elas já estão todas fechadas.

(Fotos: Glayson Bencke e duas de Leonardo Deble)

A petúnia (Petunia secreta) é uma erva com alto valor ornamental, e é justamente isso que a torna mais vulnerável à extinção.

Com flores roxas a brancas, ela nasce nos platôs rochosos da Pedra do Segredo e à beira da BR-290 - por isso as obras na rodovia também estão entre suas maiores ameaças.

(Essa foto e a anterior: Priscila Ferreira)

A planta conhecida por capim-treme-treme (Chascolytrum parodianum) e a leguminosa Senna nana são ervas que nascem em afloramentos rochosos e campos limpos.

Capim-treme-treme (Fotos: Cristiane Forgiarini)
Senna nana (Fotos: Andrés Gonzáles)

A Senna nana tem pequenas flores amarelas e o fruto é um legume um pouco curvo. A treme-treme tem ramos com pequenas folhas enrijecidas que tremem com o vento, por isso ganhou esse nome.

A Pavonia secreta...

E a Trixis pallida são espécies de arbustos com alto valor ornamental.

A Pavonia (à esquerda) só existe no território do PAT, tem flores roxas a rosadas.

(Fotos: Priscila Ferreira e Andres Gonzalez)

Já a Trixis pallida (à direita) existe em outros lugares, tem as flores pequenas e amarelas.

Tem uma única espécie-alvo da flora que ocorre no interior das florestas, nas encostas das rochas do território.

(Próxima foto: Adriano Becker)

(Foto: Martin Molz)

A Mangonia tweediana é uma erva com folhas em forma de flecha. As flores são bem pequenas, não têm pétalas e estão reunidas em ramos carnosos.

Da mesma forma, Sphaeralcea bonariensis é a única espécie-alvo que cresce à sombra dos paredões rochosos, ambiente muito peculiar.

É um subarbusto com flores de cor salmão e rosa.

(Foto: Martin Grings)

Duas bromélias estão entre as espécies-alvo do território PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste:

Uma delas é conhecida como gravatá (Dyckia domfelicianensis), uma bromélia com folhas em roseta e flores amarelo claro. Essa flor tão linda nasce em colinas rochosas do nosso Pampa.

(Fotos: Henrique Büneker)

A outra bromélia, a Tillandsia bella, nasce em paredões rochosos e tem brácteas vermelhas a rosadas e flores azuis.

(Fotos desta página e da próxima: Natividad Fagundes)

A degradação do habitat pelo pastejo e pisoteio de animais e pelo turismo recreativo são ameaças às espécies, além do extrativismo para o comércio de plantas ornamentais.

No território do PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste existem quatro espécies-alvo de cactos, que nascem em afloramentos e colinas rochosas.

(Próxima foto: Daniel Saraiva)

Os nomes científicos são (em sentido horário): Frailea mammifera, Parodia gaucha, Parodia rudibuenekeriParodia neoarechavaletae. Mas pode chamar todas elas de tuna, que é o nome popular.

(Fotos em sentido horário: Ricardo Ramos, duas de Priscila Ferreira e Daniel Saraiva)

As tunas são cactos em formato globoso ou cilíndrico que variam de cor, número de espinhos, tamanho e flores.

São lindos, mas só quando permanecem na natureza!

Uma das maiores ameaças a essas espécies é o extrativismo para vender no comércio de plantas para decoração.

O pisoteio de animais criados soltos, o plantio de eucalipto e o fogo também colocam em risco as tunas.

(Foto: Ricardo Ramos)

AÇÕES DO PAT CAMPANHA SUL E SERRA DO SUDESTE

Depois de definir quais eram as espécies ameaçadas...

(Foto: Flavia Tirelli)

...e conhecer os lugares onde elas eram encontradas...

(Foto: Glayson Bencke)

...o PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste estava preparado para agir!

(Foto: Priscila Ferreira)

Foram feitas expedições ao Território onde estavam as espécies, prestando muita atenção à biodiversidade, ao estado de conservação e às pressões que existem no ambiente e nas paisagens nativas.

(Foto: Priscila Ferreira)

Por causa dos obstáculos impostos pela pandemia do COVID-19 e a necessidade de isolamento, em 2020 o PAT entrou na fase de planejamento.

(Foto: Glayson Bencke)

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, com o apoio da Ortus Consultoria, realizou oficinas virtuais com a participação de mais de 50 colaboradores e 20 instituições de diferentes setores da sociedade.

Assim, de forma participativa, aconteceu a elaboração da Matriz de Planejamento do PAT.

(Foto: Fabio Torchelsen)

E também foi definido o Grupo de Assessoramento Técnico do Plano de Ação (GAT), um time de especialistas que vai acompanhar o PAT nos próximos 5 anos!

Em conjunto, foi definido o objetivo geral do PAT:

E como vamos fazer isso?

A gente sabe que pra alcançar um objetivo bem amplo como esse é preciso definir muito bem cada passo da jornada.

...como a Vera, que quer ver o Pampa conservado!

Vão ser realizados 7 tipos de ações:

Estudar a biologia e a distribuição das espécies, aprender mais sobre o cultivo das plantas nos jardins botânicos e analisar o extrativismo ilegal.

Incentivar o cultivo sustentável no campo, compartilhando informação com técnicos e produtores e promovendo projetos de sustentabilidade com povos tradicionais.

Fortalecer leis de proteção ambiental, promover a restauração de áreas degradadas e incentivar os agricultores que ajudam a manter áreas naturais protegidas.

Mapear as principais espécies exóticas invasoras sobre o território, implantar projetos de restauração e melhorar o controle dessas espécies.

Incluir a proteção às espécies-alvo no licenciamento de obras, como duplicação de rodovias. Investir na gestão ambiental das obras e reduzir os impactos.

Estimular as boas práticas do turismo. Verificar as atividades de turismo que são mais ameaçadoras e criar normas que reduzam os impactos.

Intensificar a pesquisa sobre as espécies-alvo e popularizar o conhecimento sobre elas. Realizar ações de comunicação e sensibilização junto à comunidade.

SEJA PARCEIRO DO PAT!

Agora ficou fácil entender por que a Vera - assim como tantos gaúchos - se enxerga como parte dessa terra, não é mesmo?

(Foto: acervo Vera Colares)

A conexão se faz no colorido de cada coxilha, cada planta ou animal típico que formam a riqueza desse lugar que chamamos carinhosamente de Querência*.

(Fotos: Adriano Becker)

É esse sentimento que fortalece ainda mais o trabalho de preservação. É do coração gaúcho que vai brotar o sucesso desse projeto!

(Fotos: acervo Vera Colares e Ricardo Ramos)

Nossa parceria enquanto povo é fundamental.

Com a ajuda de instituições e de pessoas do território do PAT vamos trabalhar para que as espécies que conheceste hoje possam ter garantidos seu ambiente e sua sobrevivência.

Quer fazer parte disso?

Vem ser um parceiro e colabora com o Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Campanha Sul e Serra do Sudeste!

Vão ser oferecidos cursos, oficinas e muitos materiais com conhecimentos para produtores, estudantes, professores e outros profissionais.

Acompanha o site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura e fica ligado nas oportunidades que o PAT vai oferecer ao longo dos próximos 5 anos!

Outros contatos do PAT:
Para saber mais:

A elaboração desta revista digital do Plano de Ação Territorial para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção da Campanha Sul e Serra do Sudeste foi financiada com recursos do Global Environment Facility (GEF) por meio do Projeto 029840 - Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas - Pró-Espécies: Todos contra a extinção.

Espero que tenhas gostado dessa viagem pelo pampa gaúcho!

NextPrevious