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Património Histórico Vila Real

Palácio de Mateus

Obra arquitectónica mais expressiva do estilo Barroco na região. O desenho da Casa é atribuído ao famoso arquitecto Nicolau Nasoni. É no seu interior que pode encontrar a secção museológica, que, rodeada de belos jardins, guarda peças valiosas de diferentes épocas, de onde se destacam mobiliário, peças de decoração, documentos, a biblioteca, e uma notável edição de “Os Lusíadas”, do século XIX. O conjunto arquitectónico é ainda composto pela capela em honra de Nossa Senhora dos Prazeres e pelo espelho de água defronte da fachada.

Carvalho Araújo

Casa situada na rua Camilo Castelo Branco, onde viveu o heróico marinheiro Carvalho Araújo, que morreu ao interpor o seu navio entre um submarino alemão e o vapor S. Miguel que seguia repleto de passageiros.

Torre de Quintela

A primeira referência à Torre de Quintela surge nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258; já nos finais do séc. XVII são registados os foros e prazos recebidos pelo seu senhor ( o Conde de Vimioso) no Tombo da Torre de Quintela. Nesse documento constam informações que indicam claramente que, para além da torre, a herdade era composta por outras construções, nomeadamente uma capela em honra de Santa Maria Madalena, e um terreiro situado entre os dois edifícios. No início do séc. XX esteve iminente o seu desaparecimento mas, pelo facto de ser demasiado dispendioso para o seu proprietário desmontá-la, para aproveitamento da pedra, tal não aconteceu. Em 1910 foi classificada como Monumento Nacional, e em 1982 sofreu trabalhos de restauro que lhe conferiram o seu aspecto actual.

Santuário de Panóias

Santuário rupestre mais antigo da Península Ibérica, e um exemplar único no Mundo, pelo facto de as suas pedras contarem, em inscrições, quem o construiu, em honra de que divindades, e que rituais ali se praticavam. Originário dos finais do século II, inícios do século III d.C., este espaço consta de três grandes fragas nas quais se talharam cavidades de vários tamanhos destinadas ao sacrifício das vítimas (os animais eram mortos numa cavidade, o seu sangue derramado para uma outra, e as vísceras eram queimadas noutra concavidade). Este local foi consagrado por um membro da ordem senatorial da época, a Serapis, a divindade principal dos deuses do Inferno, e também aos deuses dos Lapitae, a comunidade local da época.

Casa de Diogo Cão

Casa cuja construção se pensa datar do séc. XV e onde, segundo diz a tradição, terá nascido Diogo Cão, o Navegador enviado por D. João II em viagens de descobrimento para a ocidental Africana, e que chegou à foz do rio Zaire na segunda metade do séc. XV.

Igreja de São Pedro

Considerada uma das igrejas mais antigas de Vila Real, foi edificada em 1528, mandada pelo padre Pedro Castro abade de Mouçós, no local onde já existia uma Capela dedicada a S. Nicolau. A sua construção durou quase duzentos anos terminando assim no ano 1720, devido a outro grande benfeitor pertencente à Irmandade S. Sacramento e José Moutinho de Aguiar, que em 1711 mandou construir o actual frontispício com duas torres, dando uma certa imponência ao exterior.

Igreja do Senhor do Calvário

Este templo foi construído em 1680 a mando da Ordem Terceira de São Francisco, que, depois de várias intervenções, apresenta a forma actual. Destacam-se, durante o séc. XIX a construção da sacristia e da torre sineira. A frontaria presume-se que tenha sido forrada a azulejo nos finais do séc. XIX ou inícios do séc. XX. É no segundo fim-de-semana de Julho que, anualmente, a cidade de Vila Real se ajoelha perante a passagem do Senhor do Calvário, numa procissão que é tida como expoente máximo da Fé dos Vila-realenses. Aqui, são aos milhares os que acompanham a imagem desde a igreja do Calvário passando pela capela da Misericórdia e voltando ao ponto de partida, retribuindo promessas, ou, simplesmente, exprimindo a sua devoção. O adro da Igreja do Calvário, fruto da posição privilegiada que ocupa, é um excelente miradouro para a parte Este da cidade.

Igreja de São Paulo (Capela Nova)

A Capela Nova usufrui duma posição privilegiada no centro histórico, ostentando de forma singela a sua imponência, entre ruas com um cariz tradicional. Mandada edificar pela Irmandade de São Paulo, em 1639, a sua traça é atribuída a Nicolau Nasoni, e revela marcas típicas do Barroco: exteriormente, frontaria trabalhada, com majestosas colunas de cada lado do pórtico, frontão contra curvado com elementos dinâmicos, encimado pela estátua de São Pedro segurando a cruz papal, ladeado por dois anjos. Relativamente ao interior, destacam-se o altar – mor e capelas laterais em talha dourada, e os azulejos representando cenas da vida de São Pedro e São Paulo. O pequeno coro do lado direito aponta-se como sendo o sítio onde anteriormente terá existido um órgão.

Capela de São Brás

Foi construída no séc. XIII, terá sido esta a primeira sede paroquial da cidade, e alberga as sepulturas de figuras ilustres de Vila Real da altura, como é o caso de João Teixeira de Macedo, fidalgo da casa Real, e Lourenço Viegas, (denominado "O Espadeiro") que foi companheiro de espadas de D. Afonso Henriques. As suas linhas simples e desprovidas de grandes elementos decorativos são marcadamente características do estilo Românico. Foi classificada como “Monumento Nacional” em 1910. Anualmente, nos dias 2 e 3 de Fevereiro, realiza-se a tradicional “Festa de São Brás”, em que é tradição os rapazes oferecerem a “gancha” às raparigas

Igreja de São Dinis

A primeira referência a S. Dinis surge em 1297, altura em que neste local, para além da Capela de São Brás, havia uma outra, afecta à paróquia de Vila Marim. Mais tarde, depois de obras de ampliação, o templo passou a ter a forma que hoje apresenta. As suas linhas austeras e destituídas de grandes elementos de ornamentação apontam para o estilo Românico, embora alteradas ao longo dos séculos com a introdução de diversos novos elementos. No seu interior está a imagem de “N. Senhora a Branca” que esteve colocada por cima do pórtico das muralhas da vila primitiva.

Igreja do Convento de São Domingos / Sé

A Igreja de São Domingos, actual Sé, foi mandada erguer, juntamente com o convento com o mesmo nome, no séc. XV, a mando dos religiosos de São Domingos, de Guimarães. A nível arquitectónico recebe influências de dois estilos: o Românico, que é o mais visível, bem patente na robustez e austeridade das suas linhas, e o Gótico. Na sua fachada podem ver-se imagens de São Domingos, e São Francisco de Assis.

Capela da Misericórdia

Construída em 1532, a Capela da Misericórdia foi custeada por D. Pedro de Castro, e a sua forma mantém-se igual à original, embora o seu interior tenha sido alvo de várias alterações. Na sua fachada desenvolve-se o pórtico em arco de volta perfeita, ladeada pelos falsos colunelos que se pensa terem sido introduzidos no séc. XVII; entre o pórtico e a torre sineira, acrescentada mais tarde, há um nicho com uma imagem de Virgem Maria. Na confluência das fachadas laterais com a fachada posterior há dois nichos: o do lado NO com uma imagem de Santa Bárbara, o do lado NE com uma imagem de Nossa Senhora com o Menino.

Casa dos Marqueses de Vila Real

Tomando várias designações como Casa do Arco, ou as menos afluentes como Palácio dos Marqueses de Vila Real ou Casa da Torre, está situada na avenida principal da cidade. Edificada no séc. XVI, possui dois pisos em que na fachada principal exibe quatro janelas, sendo as do meio geminadas sob o estilo Manuelino, na escultura das mesmas destaca-se uma arquitectura de arcos imponentes. No cume desta fachada existem ameias pelas quais se justifica a designação de Casa das Torres devido à forma de torre que apresenta.

Casa dos Brocas

Casa senhorial construída pelo avô de Camilo Castelo Branco, um dos mais notáveis romancistas nacionais. Tem na fachada uma lápide que evoca o escritor, mandada colocar pela Região de Turismo da Serra do Marão.

Pelourinho de Vila Real

Vila Real, como o próprio nome indica, é localidade de fundação régia, tendo recebido o primeiro foral em 1272 pela mão de D. Afonso III, sendo a sua renovação feita por D. Dinis no final do mesmo séc., com a denominação de Vila Real de Panoias. Finalmente, foi atribuído um outro no final do mesmo século por D. Manuel. Do Pelourinho que até então tinha sido levantado, restavam apenas alguns fragmentos guardados na Câmara entre 1865 e meados do séc. XX. Terá sido a partir de alguns fragmentos e algumas fotos e gravuras que o Município mandou construir o actual monumento, aparentemente cópia do original. Acredita-se que o actual Pelourinho tenha a coluna quinhentista octogonal, ou parte desta, e algumas cantarias avulsas. Consta de um soco formado por três degraus oitavados, de parapeito, o primeiro destes ficando semi-enterrado na calçada. Sobre este soco ergue-se o fuste oitavado assente num paralelepípedo ainda octogonal de faces lisas. O fuste é rematado por uma gaiola, pequena peça de arquitectura de planta oitavada vazada em quatro faces por abertura em arco redondo e integrando micro contrafortes cilíndricos rematados por florões nas faces intermédias. A partir de 1962, este Pelourinho está classificado como Imóvel de Interesse Público.

Douro

Com partida do Porto, onde o rio desagua e onde desaguam também os vinhos do Douro (de mesa) e do Porto (vinho generoso) produzidos nas suas encostas, podemos conhecer de várias maneiras esta Paisagem Cultural, classificada Património Mundial: por estrada, de comboio, num barco de cruzeiro, ou até de helicóptero. Nenhuma delas nos vai deixar indiferentes.

Significado do "Aléu"

Segundo uma lenda, durante o reinado de D. João I (ou de D. Dinis), estaria um grupo de rapazes em Vila Real a jogar o jogo da choca (uma espécie de hóquei, mas sem patins e cuja bola é uma pedra, diz-se na mesma lenda), com um pau a que davam o nome de "aleo". O rei terá criticado a sua despreocupação, num momento de perigo, em que estavam a entrar em guerra. Um dos rapazes teria respondido que com o mesmo aléu com que jogavam a choca tratariam dos inimigos. Satisfeito com a resposta, o rei mandou que a palavra aléu fosse inscrita no brasão da cidade.

Trabalho realizado por: Ana Gomes ; Diogo Dias ; Henrique Carvalho

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