As cobaias da indústria farmacêutica EM BUSCA DE DINHEIRO OU TRATAMENTOS INACESSÍVEIS, VOLUNTÁRIOS EMPRESTAM O PRÓPRIO CORPO PARA QUE MEDICAMENTOS SEJAM APROVADOS NO BRASIL

Há aproximadamente 900 ensaios clínicos em andamento no País, envolvendo a pesquisa de 600 medicamentos para os mais diversos tratamentos, segundo a Anvisa. Mas para que essas terapias estejam disponíveis no mercado, elas precisam ser testadas em seres humanos.

Em geral, quem participa dessas pesquisas não o faz pelo bem da ciência. São voluntários atraídos pelo acesso a tratamentos inacessíveis na rede pública ou pela compensação financeira.

"Todo mundo que faz é porque sabe que será pago. Ninguém aceita só porque vai ajudar a medicina." (Tatiana Ribeiro, desempregada, encontrou na participação em testes clínicos de bioequivalência de anticoncepcionais uma forma de ganhar dinheiro)

A exemplo do que já ocorre em mercados mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, o Brasil caminha para aperfeiçoar os parâmetros para realização destes testes de medicamentos. Atualmente, a Anvisa autoriza a remuneração de cobaias humanas apenas na fase 1 dos testes (bioequivalência), mas a extensão para todas as fases de testagem está em discussão.

Outro grupo de participantes das pesquisas da indústria farmacêutica reúne pacientes como Marisa Chiele. Diagnosticada com depressão, ela inscreveu-se em algumas pesquisas na esperança de conseguir tratamento mais rápido do que seria possível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Se é uma opção, eu quero tentar. São medicamentos novos, uma esperança a mais para o meu problema."

  • Uma reportagem eder content em formato curto
  • Texto e imagens com voluntários de testagem de medicamentos
  • Entrega do conteúdo editado para publicação em 31/janeiro/2017

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