Mãos à obra Profissões que parecem ter parado no tempo

Texto e fotos de Caio Ferrari

Minha profissão mudou muito nos últimos 15 anos. A substituição da fotografia analógica pela digital transformou até a maneira como enxergo as imagens. A partir dessa nova realidade, passei a imaginar o que teria acontecido com outros profissionais que também tiveram suas rotinas inteiramente alteradas pela tecnologia. Procurei ofícios que quase não se vêem mais e encontrei, até mesmo em metrópoles como Rio e São Paulo, oficinas que pareciam paradas no tempo: um relojoeiro especializado nas máquinas mais valiosas e complexas do mundo; um joalheiro dinamarquês que ainda fabrica joias únicas por encomenda; uma bordadeira que confecciona enxovais à mão; um sapateiro que produz sapatos sob medida; um luthier que herdou a profissão do avô e já está ensinando ao filho sua técnica de confeccionar instrumentos musicais. Em comum, todos têm as mãos modeladas pelas rotinas de cada ofício.

Joalheiro dinamarquês faz joias únicas, por encomenda

O luthier aprendeu o ofício com o avô

Curioso ver como atividades tão delicadas geram tantos calos, unhas lascadas e cortes, uma contradição que procurei evidenciar nesse ensaio fotográfico. Me comoveu o apreço comovente que todos demonstram pelas tradições, que teimam em não deixar morrer em nome de uma clientela decrescente, mas ainda cativa, que reconhece o valor do trabalho artesanal

Masseiro esculpe um capeleti

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Texto e fotos de Caio Ferrari

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