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Segundo Congresso Internacional de Angolanística

Lisboa, Biblioteca Nacional de Portugal, 17 de JUNHO de 2022

MOMENTOS DO SEGUNDO CONGRESSO INTERNACIONAL DE ANGOLANÍSTICA

O longe e o perto no II Congresso de Angolanística de 2022

Um momento fundamental da afirmação da ciência e da cultura angolanas decorreu na Biblioteca Nacional de Lisboa, no passado dia 17 de junho. Tratou-se do II Congresso Internacional de Angolanística, que reuniu estudiosos de Angola de diversas proveniências geográficas e científicas.

Estiveram presentes académicos e especialistas como Jon Schubert (Suíça), Jean-Jacques Wondo (Bélgica), Paula Roque (África do Sul), Rui Verde (Inglaterra), Carmen Monéreo (Macau), Federico Carducci (Itália), Alex Magalhães (Brasil), Ana Rita Amaral (África do Sul), Sandra Ribeiro, José-António Carochinho, Inês Ponte, Cristina Valentim e Carla Pereira (Portugal), entre muitos outros. A presença virtual de comunicações pré-gravadas para a secção assíncrona do congresso contou igualmente com sete contributos de grande qualidade.

Os temas discutidos incluíram a política, o direito, a sociologia, a antropologia, a economia, o mecenato, a literatura, as perceções dos jovens, e a memória e o património. Foi grande a qualidade e variedade das contribuições, e a abrangência e a pluralidade do Congresso.

Podemos distinguir o perto do longe: em termos de impacto mediático, que foi bastante positivo, o Congresso destacou-se pelas comunicações expressivas de Paula Roque e de Jon Schubert, enfatizando os riscos do processo eleitoral em curso em Angola. Estas comunicações foram um importante contributo para a análise da atualidade política, enriquecida pelo estudo do papel do poder judicial na política angolana (Rui Verde) ou pelas possibilidades de transições republicanas (Eliseu Gonçalves e Celso Filipe, na mesa-redonda final). Isto em relação ao que está perto.

Quanto ao médio- e longo-prazo, os congressos de angolanística têm uma importância real não apenas pelos debates imediatos que provocam, de maior ou menor atualidade, mas sobretudo por darem visibilidade às mais diversas pesquisas científicas sobre Angola. Pretende-se criar uma massa crítica global de investigações sobre o território, as gentes, a história e a realidade angolanas, possibilitando uma tribuna aos académicos angolanistas que trabalham em todo o mundo, facilitando as comunicações entre eles e promovendo a troca de experiências sobre o progresso dos seus estudos.

O nosso intuito é que estes Congressos venham a afirmar-se como facilitadores de laços fortes entre os pesquisadores que antes se achavam isolados pela geografia, pela instituição de pertença, pelas fronteiras do seu campo científico, e por outras condicionantes ainda, servindo a Rede de Pesquisas sobre Angola (Angola Research Network), entidade promotora dos congressos, como fórum e lugar de encontro entre todos os académicos desta e das gerações futuras, para um trabalho colaborativo bem-sucedido que seja mais reconhecido e considerado.

Filipe Santos & Rui Verde, Organizadores do Segundo Congresso Internacional de Angolanística

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Em 2019 a ARN organizou em Portugal o seu Primeiro Congresso Internacional de Angolanística, proporcionando um espaço de debate presencial para todos os especialistas e interessados nas questões angolanas. Agora, em 2022, renova o seu compromisso com o estudo de Angola e o desenvolvimento da pesquisa sobre o país.

Inicialmente previsto para 17 de dezembro de 2021, o Segundo Congresso Internacional de Angolanística, reagendado para 17 de junho de 2022, irá reunir vários especialistas que debaterão o tema “Continuidades e mudanças”, abordando um vasto campo relativo a continuidades e descontinuidades ocorridas e a ocorrer na política e na sociedade angolanas.

A ênfase está nos estudos cuja agenda ou metodologia combine harmoniosamente elementos de campos tradicionalmente autónomos, tais como história, sociologia, antropologia, direito, humanidades, economia, ou varie livremente entre eles.

Os trabalhos estarão divididos pelos seguintes painéis:

  • i) Direito e política
  • ii) História e religião
  • iii) Património, artes e educação
  • iv) Mesa-redonda de atualidade: "Esperanças e frustrações para as eleições de 2022"

São convenors do congresso: Filipe Santos (filipesantos @ fcsh.unl.pt) e Rui Santos Verde (vertgreen215@gmail.com).

https://plataforma9.com/congressos/segundo-congresso-internacional-de-angolanistica.htm

Visite e subscreva o Canal YT da ARN: https://youtube.com/channel/UC3bl_kwHKrBOdKLpJID3Ajg

Organização: Angola Research Network http://tinyurl.com/AngolaRN

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BAIXE AQUI AS ATAS DO PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL, out. 2019:

Índice

Elenco dos congressistas, v-viii

SANTOS, Filipe Delfim [E-mail] – A Angolanística como disciplina académica, 9-13

ALMEIDA, Eugénio Costa [E-mail] – Angola nos caminhos do centro-globalismo africano, 14-28

ARRIMAR, Jorge de Abreu [E-mail] – O Sul de Angola: História, Oralidade e Ficção, 29-45

BATISTA, Bianca Cardoso [E-mail] – Literatura e ética em 'Se o passado não tivesse asas', 46-55

CAROCHINHO, José António [E-mail] – O Poder Tradicional em Angola: atitudes dos angolanos face aos sobas, 56-73

FERREIRA, Carla [E-mail] – Literatura Angolana: educação para os valores na aula de Português, 74-82

GOMES, Pedro David [E-mail] – A afirmação do semba na Luanda colonial ‒ entre tradição e modernidade, entre distinção e discriminação, 83-92

MAGALHÃES, Alex Ferreira [E-mail] – Já temos as leis, só nos falta ter direitos! Um primeiro olhar contrastante a respeito das lutas das classes populares pelo direito à cidade, nas favelas do Brasil e nos musseques de Angola, 93-104

PAIS, Maria Luísa de Almeida [E-mail] & Pablo Alian Lamorú TORRES [E-mail] – A tributação do consumo em Angola e a transição para o IVA - uma abordagem comparativa, 105-120

PEARCE, Justin [E-mail] – Novos caminhos para Angola, novos rumos para a pesquisa, 121-124

RENOUS, David [E-mail] – L’Angola, 4.ème producteur mondial de diamants, 125-138

ROSADO, Pedro Garcia [E-mail] – O general Mapache e o hacker Maxim Djalma, 139-143

TITO, Salvador [E-mail] – Da negritude à realidade do negro nos poemas de Agostinho Neto e Geraldo Bessa Victor, 144-159

Membros da Angola Research Network, clx-clxiii

MOMENTOS DO PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DE ANGOLANÍSTICA

O Primeiro Congresso Internacional de Angolanística reuniu-se em Lisboa, na Biblioteca Nacional de Portugal, durante os dias 17 e 18 de outubro de 2019. Cerca de quatro dezenas de palestrantes responderam ao desafio de trazer Angola à sede da memória escrita portuguesa.

Este primeiro convénio mundial de angolanistas foi convocado pela Angola Research Network, a rede global de pesquisadores das realidades angolanas destinada a estabelecer laços permanentes de contacto entre aqueles que se dedicam, em todo o mundo, ao estudo de Angola. Os nossos Congressos estão a decorrer fora de Angola e com uma ampla participação internacional, comprovando assim que angolanistas de todo o mundo, e muitos não são angolanos, se dedicam a estes estudos em África, na Europa e nas Américas, em especial no Brasil. Logo na nossa primeira iniciativa pública acolhemos pesquisadores provenientes de Angola, de Portugal, da Alemanha, do Brasil, da Índia, de Inglaterra, de França, do Japão, e dos Estados Unidos.

A importância de estudar Angola é já reconhecida globalmente. Se até hoje os resultados dessas pesquisas acabavam subsumidos nos Estudos Africanos em geral, ou quando muito nos da África Ocidental, ou outras vezes nos Estudos Lusófonos, esta nova disciplina atingiu já a sua maioridade. Potenciando transversalmente todas as abordagens da angolanidade sem compartimentações extracientíficas, esta massa crítica de investigações atinge, reforça e assume o distinto carácter diferenciador que lhe dá a nação angolana. O angolanista passa, pois, a incluir a designação desta disciplina nos seus perfis, nos temas e títulos dos seus livros e artigos científicos: “angolanista”, isto é, cultor dos estudos angolanos.

Crónica do Primeiro Congresso Internacional, 2019

Na sessão inaugural, Justin Pearce partilhou connosco algumas reflexões programáticas. Alberto Oliveira Pinto dissertou sobre a tipologia das fontes para a história angolana, e no dia seguinte este pesquisador exporia o plano de um trabalho em progresso sobre a rota das missões religiosas.

Bastante pessoal, quase confessional, foi o contributo de Jean-Michel Mabeko-Tali, sobre os silenciamentos a que foi obrigado na sala de aula de História, em Angola. Também obteve compreensível impacto o trabalho de Vasco Martins sobre o ressurgir da memória de Jonas Savimbi.

No domínio da literatura, Jorge Arrimar usou do seu raro domínio das línguas africanas para nos expor alguns exemplos dos mitos das terras do Sul, tal como eles são veiculados pelos contos e pela tradição oral. Pedro Garcia Rosado desconstruiu mecanismos da sua própria ficção e Carla Ferreira ocupou-se de alguns usos da literatura angolana na sala de aula de Português. Quanto ao espaço físico e simbólico, Hugo Maia trouxe-nos a representação que deles se faz nos mapas antigos de Luanda.

No campo do Direito e das Relações Internacionais, o Congresso incluiu um inquérito sobre a autoridade tradicional dos sobas, por José António Carochinho, e uma exposição sobre as relações entre a Índia e Angola, por Aurobindo Xavier. O recém-publicado livro de Domingos da Cruz sobre Racismo, o Machado afiado em Angola, apresentado no primeiro dia por Adolfo Maria, foi de novo debatido no dia seguinte pelo próprio Autor, suscitando inúmeras reações de interesse.

No segundo dia escutaram-se os trabalhos de Eugénio Costa Almeida, que se interrogou sobre se Angola poderá ser considerada uma potência média, e em caso afirmativo qual o peso da sua influência sobre os seus vizinhos regionais.

Rui Verde invocou a "desberlinização" para afirmar o caracter transfronteiriço das problemáticas angolanas, incompartimentáveis nas fronteiras outrora traçadas em Berlim, devendo os angolanistas prestar mais atenção às matérias congolesas, zambianas, botsuanesas e namibianas. Observou ainda que o direito angolano continua muito dependente daquele que é produzido na ex-Metrópole.

Um segundo painel literário foi dedicado a obras específicas da literatura angolana, como o contributo de Salvador Tito sobre a negritude enquanto conceito transposto para a poesia angolana, e as suas adaptações em contacto com o sentimentalismo luso e a Saudade, e o de Bianca Cardoso Batista, que trabalhou um texto de Pepetela.

No painel de Economia houve espaço para o estudo de Maria Luísa Pais e Pablo Lamorú Torres sobre a transição para o IVA em Angola, e para a investigação de David Renous sobre a indústria diamantífera. Fecharam o congresso os painéis sobre economia e sobre violências e memórias, incluindo o trabalho de Irene dos Santos sobre os “retornados” a Angola, o estudo de Pedro David Gomes sobre o semba, e as pesquisas de Wolfgang Stojetz no terreno sobre os veteranos de guerra no Huambo. Alex Magalhães comparou as situações dos musseques angolanos com as das favelas cariocas, lembrando as políticas falhadas de realojamento levadas a cabo no Rio de Janeiro.

O Congresso captou a assistência de um público que ultrapassou bem a centena de ouvintes interessados, tendo-se ocasionalmente gerado algum debate relevante entre os oradores e o público.

Esta resumida evocação está longe de espelhar a abundância de comunicações destes dois dias memoráveis, todas elas ricas de observações, de experiências, de advertências, de sugestões e até de saudáveis provocações.

Programa final do PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL, 18-19 out. 2019

(para ampliar a imagem no smartphone: abrir num novo separador, ou transferir o documento para o aparelho)

Elenco de oradores do PRIMEIRO CONGRESSO, 2019

Quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Sessão Plenária de Abertura

  • Alocução de boas vindas do Convenor Filipe Santos (U. Nova)
  • Justin Pearce (U. Cambridge): Novos caminhos para Angola, novos rumos para a pesquisa.
  • Alberto Oliveira Pinto (U. Lisboa): A História de Angola e as suas fontes: a arqueologia, a oralidade e a escrita.

Painel 1 – Problemáticas da História de Angola

  • Moderadores: Alberto Oliveira Pinto (U. Lisboa) e Jean-Michel Mabeko-Tali (U. Howard).
  • Jean-Michel Mabeko-Tali (U. Howard): Ciências sociais e política: algumas considerações sobre o ensino da História em Angola desde a Independência.
  • Margarida Paredes (ISCTE/Instituto Universitário de Lisboa): O movimento feminista em Angola, a nova travessia das mulheres angolanas inaugurada nas lutas de libertação anticolonial.
  • Vasco Martins (Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra): Do medo à esperança: o ressurgir da memória de Jonas Savimbi em Angola.
  • Jorge Arrimar (Pesquisador independente): História, oralidade e ficção.

Painel 2 – Cobertura jornalística de atos eleitorais nos PALOP: o lugar de Angola nos media portugueses

  • Moderador: Maria José Mata (Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) - Escola Superior de Comunicação Social (ESCS).
  • Fernanda Bonacho (IPL-ESCS), Maria Inácia Rezola (IPL-ESCS), Anabela Lopes (IPL/ESCS), João Manuel Rocha (ISCTE-IUL/Jornalista; IPL-ESCS), Cláudia Silvestre (IPL-ESCS), Júlia Leitão de Barros (IPL-ESCS) e Fátima Lopes Cardoso (IPL-ESCS/Jornalista): (In)visibilidades: a cobertura noticiosa das eleições em Cabo Verde (2016), Angola (2017), São Tomé e Príncipe (2018) e Guiné-Bissau (2019).
  • Anabela Lopes (IPL-ESCS), Cláudia Silvestre (IPL-ESCS), Jorge Trindade (IPL-ESCS) e Maria José Mata (IPL- ESCS): Transições: o olhar dos jornais sobre os resultados das eleições gerais angolanas (2017) e das presidenciais brasileiras (2018).
  • Fátima Lopes Cardoso (IPL-ESCS/Jornalista) e Maria José Mata (IPL-ESCS): Olhares: como as imagens contam a vitória.

Painel 3 – Direito, política e relações internacionais

  • Moderador: Rui Santos Verde (U. Oxford).
  • José António Carochinho (U. Lusíada/U. Lusófona de Lisboa): O poder tradicional em Angola: atitudes dos angolanos face aos sobas.
  • Aurobindo Xavier (Sociedade Lusófona de Goa): Situação atual e perspetivas das relações Índia/Angola.

Painel 4 – Linguagens e literaturas

  • Moderador: Filipe Santos (U. Nova).
  • Mbyavanga Emília Bundo (U. Agostinho Neto/U. Minho): Os provérbios, as culturas e as cores: um olhar ao contexto angolano.
  • Carla Ferreira (Faculdade de Letras, U. Lisboa): Literatura angolana: educação para os valores na aula de Português.
  • Liliana Inverno (Universidade de Coimbra/CELGA-ILTEC): Situação linguística em Angola: desafios de política e planeamento linguísticos para um futuro multilingue.
  • Pedro Garcia Rosado (escritor): O general Mapache e o hacker Maxim Djalma.
  • Hugo Maia (UTokyo): Representações do espaço africano: dos reinos africanos às representações de Luanda (Angola).
  • Lançamento do livro de Domingos da Cruz, Racismo. O machado afiado em Angola. Apresentação Adolfo Maria (Debate Africano/RTP).
Sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Segunda Sessão Plenária

  • Eugénio da Costa Almeida (ISCTE/IUL/Instituto Universitário de Lisboa): Angola nos caminhos do centro-globalismo africano.
  • Rui Santos Verde (U. Oxford): Desberlinização da investigação e descolonização do ensino do direito.
  • Alberto Oliveira Pinto (U. Lisboa): Para uma história da rota das missões religiosas em Angola.

Painel 5 – Expressões literárias da angolanidade

  • Moderador: Alberto Oliveira Pinto (U. Lisboa).
  • Benaouda Lebdai (U. Le Mans): Pepetela’s visions of Mayombe Forest: fiction and reality.
  • Noemi Alfieri (U. Nova de Lisboa): Deolinda Rodrigues entre escrita da história e escrita biográfica. Receção de uma heroína angolana.
  • Salvador Tito (U. Agostinho Neto, Luanda): Da negritude à realidade do negro nos poemas de Agostinho Neto e Geraldo Bessa Victor.
  • Bianca Cardoso Batista (UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul): Literatura e ética em ‘Se o passado não tivesse asas’ (enviou comunicação).

Painel 6 – Economias e estratégias

  • Moderador: Eliseu Gonçalves (U. Lisboa/advogado).
  • David Renous (Pesquisador independente): L’Angola, 4.ème producteur mondial de diamants. Histoire d’une industrie devant ses nouveaux défis géostratégiques.
  • Ana Duarte (Instituto Superior Politécnico Lusíada de Benguela): Fazer do corredor do Lobito um instrumento de desenvolvimento.
  • Luísa Pais (Instituto Superior Politécnico Lusíada de Benguela): A Tributação do Consumo em Angola e a Transição para o IVA – Uma Abordagem Comparativa (em coautoria com Pablo Torres).
  • Eliseu Gonçalves (U. Lisboa/advogado): As originalidades e disfuncionalidades do Fundo Soberano de Angola.

Painel 7 – Construções, violências e memórias

  • Moderador: Filipe Santos (U. Nova).
  • Irène dos Santos (CNRS, Centre national de la recherche scientifique, Unité de recherche Migrations et société – URMIS): Identidades equivocadas? O "retorno" de descendentes de ex-colonos a Angola.
  • Pedro Gomes (Instituto Ciências Sociais, U. Lisboa): Tradição, modernidade e espacialidade na história do semba – (re)configurações da diferença (racial e de classe) na Luanda colonial.
  • Wolfgang Stojetz (International Security and Development Center, Humboldt Universität, Berlin): War veterans in Huambo.
  • Domingos da Cruz (Pesquisador independente): Racismo. O machado afiado em Angola.

Sessão de Encerramento

  • Alex Magalhães (Universidade Federal do Rio de Janeiro): Já temos as leis, só nos falta ter direitos! Um olhar contrastante a respeito das lutas das classes populares pelo direito à cidade nas favelas do Brasil e nos musseques de Angola.
  • Marília Favinha (U. Évora): Reflexões em torno dos contributos e do papel de Portugal na Educação em Angola – o caso do Mestrado em Pedagogia e Educação da Universidade de Évora.

• Alocuções de agradecimento: Rui Santos Verde (U. Oxford) & Filipe Santos (U. Nova).

MANIFESTO DO PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DE ANGOLANÍSTICA

https://www.angolaresearchnetwork.org/

https://plataforma9.com/investigacao/rede-de-investigacao-cientifica-sobre-angola-angola-research-network.htm

A Angola Research Network (ARN) é um fórum de debate que visa construir uma rede efetiva entre a comunidade de académicos e investigadores, filiados a instituições ou independentes, que desenvolvem o seu trabalho acerca de Angola numa perspetiva internacional.

A ARN surgiu de um conjunto de investigadores baseados na Universidade de Oxford e na Universidade Nova de Lisboa e rapidamente se propagou. Atualmente reúne pesquisadores, tanto académicos como independentes, sediados no Reino Unido, em Angola, em Portugal, no Brasil e nos Estados Unidos, entre outros países, com abertura a novos membros de todas as proveniências.

Membros da Angola Research Network

  • Abel Djassi Amado, Simmons University
  • Alex Magalhães, Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ana Rita Amaral, University of Free State
  • Ana Stela Cunha, Universidade Nova de Lisboa
  • Andreia J. O. Silva, Université Jean Monnet (Saint-Étienne)/Université de Lyon, CELEC e Universidade do Porto, ILCML
  • Anne Pitcher, University of Michigan
  • Bogumil Koss, Université Laval
  • Bruno Sotto Mayor, Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Carmen Monereo, Universidade Nova de Lisboa
  • Carolina Nve Diaz San Francisco, Boston University
  • Cheryl Schmitz, New York University
  • Claúdia Fernandes, Universidade Óscar Ribas
  • Cláudia Gastrow, University of Johannesburg
  • Cláudio Fortuna, Universidade Católica de Angola
  • Congo Research Network
  • Crislayne Alfagali, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • D. Vasconcelos, produtora
  • Daniel Mulé, Oxfam
  • Daniella Mak, University of Pennsylvania
  • Djellal Edine Semaane, Université Mohamed Lamine Dabaghine
  • Domingos da Cruz, jornalista e investigador independente
  • Dorothee Boulanger, University of Oxford
  • Douglas Wheeler, University of New Hampshire
  • Edgar Teles, Universidade Nova de Lisboa
  • Eduardo Sassa, Universidade Católica de Angola
  • Elaine Ribeiro, Universidade Federal de Alfenas
  • Elisa Scaraggi, Universidade de Lisboa
  • Eliseu Gonçalves, Universidade de Lisboa
  • Emiliano Jamba António João, Fraternidade Teológica Latino Americana, Campinas
  • Estevam Thompson, York University
  • Filipe Calvão, Graduate Institute Génève
  • Francisco Ewerton dos Santos, Universidade Federal do Pará
  • F. Ntungila-Nkama, Université de Kinshasha
  • Fernando Torres, advogado, pesquisador independente
  • Filip Deboeck, Katholieke Universiteit Leuven
  • Filipe Santos (Coordenador da Rede / Congress Convenor), Universidade Nova de Lisboa
  • Fred Bridgland, escritor e jornalista, pesquisador independente
  • Gregory Mthembu-Salter, Political Economy and Conflict Analysis (PECA) Advisor
  • Gilson Lázaro, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
  • Hilarino da Luz, Universidade Nova de Lisboa
  • Iracema Dulley, Universidade Federal de São Carlos
  • Ivan Sicca Gonçalves, Universidade Estadual de Campinas
  • Jeremias Malheiro, Universidade Mandume Ya Ndemufayo
  • Jerry Kalonji, University of Lubumbashi
  • José Luís Domingos, Universidade Católica de Angola
  • José Milhazes, escritor, jornalista, pesquisador independente
  • Justin Pearce, Cambridge University
  • Karen Ferreira-Meyers, University of Swaziland
  • Laura Steil, School for International Training
  • Lazlo Passemiers, University of the Free State
  • Liliana Inverno, Universidade de Coimbra
  • Luciana Gomes da Costa, advogada, pesquisadora independente
  • Luísa Tui, Universidade Federal de São Carlos
  • Marçal Paredes, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • Márcia Gonçalves, Universidade Católica de Angola
  • Marina de Mello e Souza, Universidade de São Paulo
  • Michelle Medrado, University of California, Los Angeles
  • Miguel Dias Verde, Vertgreen Global Consulting
  • Nelson Domingos António, Universidade Agostinho Neto
  • Nelson Pestana, Universidade Católica de Angola
  • Noemi Alfieri, Universidade Nova de Lisboa
  • Paulo Inglês, German Research Foundation
  • Paulo Müller, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Paulo Zua (Coordenador Executivo / Executive Coordinator), MakaAngola
  • Peter Vale, University of Johannesburg
  • Rabiu Iyanda, Osun State University
  • Rafael Coca, Universidade Estadual de Campinas
  • Reuben Loffman, Queen Mary University of London
  • Rogéria Cristina, Universidade do Estado de Minas Gerais
  • Rui Verde (Fundador e Coordenador da Rede / Congress Convenor), University of Oxford
  • Ruy Blanes, Universidade de Coimbra
  • Salvador Tito, Universidade da Beira Interior
  • Santiago Ripoll, Institute of Development Studies
  • Stepanhie Wolters, Institute for Security Studies
  • Tânia Macedo, Universidade de São Paulo
  • Tomás Tassinari, Universidade de São Paulo
  • Walter Bruyere-Ostells, Institut d'Études Politiques d'Aix-en-Provence
  • William Martin James III, Henderson State University

Call for papers do Primeiro Congresso, em inglês: https://tinyurl.com/AngolaRN-En