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Literatura Infantojuvenil, Inclusão e Cidadania 9.º Encontro de Literatura Infantojuvenil - Estarreja - 30 e 31 de outubro de 2020

"O trabalho colaborativo consolida a organização em Rede, promove a sustentabilidade de cada instituição, torna mais evidente a sua utilidade e pertinência." (RBE)

A literatura infantojuvenil é um meio enriquecedor para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social e um recurso de intervenção. A diversidade é inerente à atual ecologia educacional, apostando esta na inclusão socioeconómica, cultural, cognitiva e motivacional. Todos os alunos têm direito ao acesso e à participação, de modo pleno e efetivo, em todos os contextos educativos, devendo ser encorajados a desenvolver e a pôr em prática os princípios e os valores inerentes ao seu Perfil. A literatura infantojuvenil é um meio enriquecedor para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social e um recurso de intervenção.

Partindo destes pressupostos e dos desafios colocados à educação, a Rede de Bibliotecas de Estarreja, em articulação com a coordenação interconcelhia da RBE, pretende, através desta oportunidade, proporcionar uma reflexão em torno das potencialidades da literatura na promoção da inclusão, da aceitação das diferenças culturais e étnicas, e no exercício de uma cidadania democrática.

Sessão de abertura - Vereadora da Cultura, Diretora do CFIEMO e CIBE RBE

Painel 1- O papel da literatura infantil como potenciadora de inclusão e da cidadania

Maria da Conceição Dinis Tomé

Professora no Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, Viseu. Licenciada em Ensino de Português-Francês. Mestre em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares. Doutorada em Estudos Portugueses – Literatura e Cultura Portuguesas. É investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (Universidade Aberta). A sua atividade de investigação tem privilegiado questões ligadas à literatura infantojuvenil, às bibliotecas escolares e à comunicação intercultural.

"Derrubar muros e construir pontes – a literatura infantojuvenil e o encontro com o outro"

SINOPSE

"A literatura infantojuvenil é um espaço privilegiado de encontro dos leitores com a alteridade, podendo contribuir para o desenvolvimento de atitudes de respeito, compreensão e aceitação das diferenças culturais e étnicas. Pretende-se nesta comunicação refletir sobre as potencialidades da literatura infantojuvenil na promoção do diálogo intercultural e partilhar a atividade «Encontrar o Outro nos livros» (projeto Ser+ Cidadão), em implementação no Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, Viseu."

Miguel Horta

Dedica-se à partilha e comunicação com o Outro, estendendo a sua intervenção à mediação cultural (museus, bibliotecas públicas e escolares, bairros problemáticos e estabelecimentos prisionais, ruas e praças). Autor/ilustrador de literatura infantojuvenil . Contador de histórias, intervindo em contextos muito variados, frequentemente de exclusão. Formador na área da mediação leitora e mediação junto de necessidades educativas especiais. Integrou o projeto 10x10 do Programa Descobrir/ Fundação Calouste Gulbenkian, onde exerce com regularidade a sua atividade de mediador de museu nos diferentes núcleos museológicos. Está representado em diversas coleções de arte contemporânea, nomeadamente na coleção moderna do Museu Gulbenkian. Em outubro de 2019 apresentou em conjunto com o A. E. S. Gonçalo (Torres Vedras) o projeto/laboratório Dilfícil Leitura, mediação leitora inclusiva, no Folio/Educa (Óbidos).

"Mediação leitora inclusiva"

Sinopse

  • Que pessoas estranhas são estas que me são tão familiares?
  • Exclusões e acesso à leitura
  • Acessibilidade, inclusão e promoção da inclusão.
  • O papel das bibliotecas na inclusão leitora.
  • Casos de estudo

António Nogueira

Mestre em Bibliotecas Escolares e Gestão da Informação pela Universidade Aberta (2012); Coordenador Interconcelhio da Rede de Bibliotecas Escolares, desde 2017; Membro do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, entre 2009 e 2017. Como membro da Rede de Bibliotecas Escolares tem acompanhado o projeto “Todos Juntos Podemos Ler”, e a Formação Contínua promovida pela Rede de Bibliotecas Escolares; Formador pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, na área das Bibliotecas Escolares e da Didática da História, desde 2006;Coordenador da Biblioteca Escolar da Escola Básica Dr. José de Jesus Neves Júnior – Faro, entre 1998 e 2009; Tem participado, como orador, em diversos encontros nacionais da Rede de Bibliotecas Escolares, nos quais tem divulgado o projeto “Todos Juntos Podemos Ler”.

«Projeto "Todos juntos podemos ler": flexibilizar para incluir»

Sinopse

Desenvolver práticas de leitura e de escrita em diferentes contextos, formatos e suportes, mobilizando recursos e equipamentos que contribuam para tornar a leitura acessível para todos, promovendo a equidade e a inclusão, é o grande objetivo do projeto “Todos Juntos Podemos Ler”.

Flexibilizar para incluir foi o tema escolhido para esta comunicação, tendo em conta a grande sintonia entre as mais recentes orientações educativas e a metodologia de trabalho que as bibliotecas escolares têm vindo a implementar, desde a sua origem.

Baseado num trabalho colaborativo imprescindível ao sucesso das aprendizagens e ao bem-estar de todos, o projeto Todos Juntos Podemos Ler procura responder aos desafios da escola atual, identificados na Declaração de Incheon: promover uma educação de qualidade, inclusiva, equitativa, e ao longo da vida.

Brochura sobre um conjunto de projetos de diferentes regiões, públicos e contextos, pretendendo-se, assim, constituir uma pequena amostra do trabalho desenvolvido no âmbito da candidatura nacional Todos Juntos Podemos Ler.

WORKSHOPS - dia 30

FERRAMENTAS PARA UMA MEDIAÇÃO LEITORA INCLUSIVA

Miguel Horta

(Opção 1)

LIVROS E OUTROS RECURSOS FACILITADORES DA INCLUSÃO NA BIBLIOTECA

Paz Férnandez Pereiro

(Opção 2)

Painel 2 - Desafios da Literatura Infantil e Juvenil

Dora Batalim

Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É pós-graduada em Sociologia da Comunicação e Cultura, e em Ciências da Educação, na vertente de Educação e Leitura. Tem mestrados em Livros e Leitura para crianças e Jovens e em Didáctica da Língua e da Literatura, ambos da Universidade Autónoma Barcelona. É coordenadora pedagógica e docente da Pós-Graduação em Livro Infantil da Universidade Católica de Lisboa e professora de Literatura Infanto-juvenil e de outras disciplinas que cruzam as Artes e a Educação na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, nos cursos de licenciatura e mestrado. Integra a Direcção Pedagógica do Colégio Pestalozzi. Foi jurada do Prémio Nacional de Ilustração em três das suas edições. Integrou equipas de Serviços Educativos, como a do C.A.M da Fundação Calouste Gulbenkian ou a do Museu Berardo. Faz parte da rede de especialistas da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e do PNL2017, nomeadamente na criação e orientação de formações para público especializado. Traduz literatura infantil.

"Para incluir não basta incluir um tema inclusivo - como selecionar um livro infantil"

Sinopse

Dentro da ideia de inclusão, um dos temas sensíveis para os profissionais da educação e cultura ainda é o da abordagem da sexualidade. Dentro deste, o da homossexualidade permanece (quase) um tema tabu, sobretudo no que toca à mediação. Porque não basta que um livro infantil contenha um determinado tema para que possa ser considerado um bom veículo para o mesmo, nesta intervenção iremos refletir sobre a figuração que os livros para crianças fazem sobre esta temática. Seremos conduzidos através de exemplos concretos e ilustrativos, para garantir a apropriação de alguns indicadores para observar qualidade na seleção de livros, quando se pretende abordar o tema homossexualidade, por parte dos educadores considerados em lato senso: pais, professores e outros profissionais ligados à área infantil.

Ana Mourato

Licenciada em Psicologia Educacional no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, pós graduação em Psicoterapia Psicodinâmica da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica; mestrado em Educação e Leitura da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação de Lisboa em paralelo com uma Pós graduação em Livro Infantil da Universidade Católica; doutorada em Psicologia da Educação no Instituto de Educação de Lisboa. É formadora certificada pelo CCPFC nas áreas Psicologia/Psicossociologia; Orientação Vocacional; Psicologia da Educação; Educação (Leitura); Conceção e Organização de projetos Educativos. Coordena e dinamiza, desde 2005, há 12 anos, o projeto “Literacia na Infância em diálogo com a Psicologia do Desenvolvimento” onde estão englobados projetos que envolvem a Literatura para a Infância e a Psicologia do Desenvolvimento com ateliers desde os 4 meses aos 10 anos, workshops e formações. Trabalha igualmente num consultório de Psicologia onde recebe crianças entre os 3 e os 10 anos, numa intervenção pedagógica-terapêutica onde é utilizada a literatura para a infância, dinâmicas de criação e recriação de histórias de autoanálise comportamental favorecendo a relação terapêutica, a livre projeção, a introspeção, a reorganização e a valorização da criança.

"A importância do contexto simbólico da literatura para a infância na inclusão"

Sinopse

A literatura para a infância, tendo em consideração alguns critérios de seleção, tem um corpo projetivo fértil onde o campo interno de cada criança pode ser facilmente espelhado e alvo de reflexão. Como é que os conteúdos simbólicos e latentes de algumas obras nos permitem aceder a movimentos de empatia, de respeito por si próprio e pelo outro, permitindo pensar e agir na inclusão e na aceitação?

Paz Fernández Pereiro

Licenciada em Filoloxía (galego-português) pela universidade de Santiago de Compostela, é professora de língua e literatura galegas; foi responsável pela Biblioteca escolar do IES Ribeira do Louro em O Porriño (Pontevedra) durante oito anos. Desde 2015 é assessora de bibliotecas escolares da Conselharia de Educação, Universidade e Formação profissional da Xunta da Galiza, e tem participado na elaboração do Plano LIA 2015- 2020 -Leitura, informação e aprendizagem- de bibliotecas escolares e na implementação de algumas das suas atuações como a biblioteca inclusiva ou a biblioteca criativa (espaço maker, robótica, ou rádio) Foi integrante do projeto educativo EnREDando versos, iniciativa para aproximar a poesia aos adolescentes. Fez parte também da Associação Cultural e Pedagógica Ponte...nas ondas!, participando na elaboração da Candidatura da inclusão do Património Imaterial galego-português na lista representativa da UNESCO. É autora de artigos como "A degustação literária, uma fórmula para selecionar leituras" e coautora de "Uma experiência poética, na sala de aulas e mais alá da sala de aulas: EnREDando Versos".

“Atender a diversidade na biblioteca”

Sinopse

Os recursos da biblioteca (escolar ou municipal) podem ajudar a adaptar uma biblioteca mais inclusiva, tendo em conta as oportunidades do espaço com atividades diversas, mostrando uma atitude positiva em relação à diversidade.

WORKSHOPS - dia 31

ANA MOURATO

"Mediação da leitura como forma de estimular a linguagem e a comunicação - desde os bebés aos pré-leitores."

(Opção 1)

Dora Batalim

"De que género é este livro?"

Sessão de encerramento - Vereador da Educação
Created By
Isabel Nina
Appreciate

Credits:

Criado com imagens de Frank Vessia - "Powerful idea" • Omar Sotillo Franco - "untitled image" • Yoann Laheurte - "untitled image" • Ryoji Iwata - "crossing" • Clay Banks - "We're better when we're united" • Kyle Glenn - "Awesome stencil on a book cart outside of Green Apple Books in San Francisco’s Inner Richmond district." • Morgan Vander Hart - "untitled image" • frank mckenna - "Dark"