Apesar de ter a capacidade de nos colar ao ecrã com histórias inacreditáveis, nem a sétima arte consegue escapar à pandemia da covid-19. Para além dos filmes que tiveram de suspender a produção, também os históricos festivais europeus de cinema enfrentam o clima de insegurança que põe em causa a sua realização.
A 73ª edição de Cannes pode estar, assim, em risco. Inicialmente, foi anunciado que o o festival se iria realizar "em finais de junho ou inícios de julho", mas o governo francês anunciou que nessa altura ainda não vai ser possível realizar eventos de tal magnitude. A única certeza é que o festival não se vai fazer através da Internet. "Os realizadores são motivados pela ideia de exibirem os seus filmes num ‘grande ecrã’, não para que o seu trabalho termine num iPhone”, avisou o diretor Thierry Frémaux.
O presidente da bienal de Veneza, Roberto Cicutto anunciou, no passado dia 20 de abril, que a 77ª edição do festival não vai ser cancelada, nem adiada. É provável que não o número de convidados e entusiastas seja bastante reduzido, mas Cicutto disse estar confiante que o Governo italiano "conceda uma licença especial, para abrir 6 ou 7 salas de cinema em Veneza".
Por se realizar no início do ano, o festival de Berlim não tem o charme primaveril de Cannes, mas em 2020 o calendário jogou a favor do festival alemão. A cerimónia decorreu sem qualquer limitação, apesar da escolha do palmarés não ter sido bem recebida por todos os críticos.
O festival vai decorrer entre o Cinema São Jorge, a Cinemateca Portuguesa, o Cinema Ideal e a Culturgest. Conta com várias secções, com produções nacionais e internacionais.
Credits:
Reuters