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Samaria Ewaku Hap Testemunhando o evangelho entre indígenas urbanos

O Brasil abriga uma população de 616 mil indígenas – 48% vivem próximas a áreas urbanas ou em áreas urbanizadas. No estado do Amazonas a população indígena é composta de 120 mil indivíduos, 66 etnias e 29 línguas. Em Parintins, município localizado a 420 quilômetros de Manaus, capital do estado, estima-se a presença de cerca de 500 indígenas da etnia Sateré-Mawé. A maior parte do grupo é originária da região denominada Andirá-Marau – território que fica entre os estados do Amazonas e Pará, onde vivem 13.350 indígenas saterés, distribuídos em 50 aldeias.

A migração indígena para as cidades não é um fenômeno recente e ocorre em todo o território nacional. Dentre as causas dessa migração estão a busca por tratamento de saúde, a continuidade da educação e outras melhorias de vida. Esse deslocamento nem sempre é bem-sucedido e ocasiona muitos problemas. Ao migrar para a cidade, o indígena rompe com sua comunidade e cultura, abandona os costumes e, a longo prazo, pode perder a fluência da língua materna. Além de precisar se adaptar à cultura urbana, fluência no português para estudar e uma ocupação para sobreviver, o indígena ainda sofre com o preconceito e a discriminação. Muitos não conseguem se adaptar completamente à cultura urbana e acabam vivendo à margem da sociedade urbanizada, vulneráveis à marginalidade, drogadição, alcoolismo, exploração sexual, dentre outros problemas.

Até o momento, são desconhecidas em Parintins ações efetivas para apresentar o evangelho a esse grupo, que leve em conta suas especificidades culturais, bem como iniciativas de organizações públicas e privadas para ajudar o indígena a se adaptar na cidade. Diante dessa realidade e motivado pela causa do evangelho, o projeto Samaria Ewaku Hap quer proclamar e demonstrar a essas pessoas o amor de Cristo, por meio de serviço – amenizando o impacto da chegada dos Saterés à cidade e ajudando-os a desenvolver suas potencialidades, para conquistar autonomia nesse novo ambiente e estilo de vida.

Compreendendo que a missão da igreja se origina na missão do Filho, enviado pelo Pai ao mundo (Jo. 20.21), o projeto Samaria Ewaku Hap (Bom Samaritano na língua Sateré) segue o modelo da missão de Jesus, que foi ungido pelo Espírito do Senhor “para evangelizar os pobres; proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc. 4.18,19).

Somos enviados ao mundo, como Jesus, para servir. Pois esta é a expressão natural de nosso amor pelo próximo. Nós amamos. Nós vamos. Nós servimos. E nisto não temos segundas intenções. O amor não tem necessidade de se justificar. Ele simplesmente se expressa em serviço. [John Stott]

OBJETIVOS

O projeto Samaria Ewaku Hap tem como objetivo apresentar o amor de Deus por meio de ações concretas de serviço, compaixão, justiça e misericórdia, que possibilitem oportunidades para o indígena conhecer o evangelho e desfrutar de uma vida plena, autônoma e digna no contexto urbano. Neste sentido, o projeto pretende:

  • Promover ações para apresentar o evangelho de Jesus, levando em consideração a cosmovisão e cultura indígena, o que, portanto, requer um trabalho de longo prazo, baseado na convivência e relacionamento;
  • Proporcionar momentos para o desenvolvimento da espiritualidade cristã, por meio da criação de pequenos grupos para mentoreamento, estudo bíblico e discipulado;
  • Envolver indígenas cristãos no projeto para que os mesmos possam servir e compartilhar o amor de Jesus com os indígenas que ainda não conhecem o evangelho;
  • Oferecer serviços, como aulas de português e reforço escolar, com o intuito de auxiliar o indígena na adaptação à cultura urbana.

Posteriormente, com o amadurecimento do projeto, pretende-se ampliar as ações, a partir de parcerias, e oferecer outras atividades, tais como: cursos profissionalizantes, alfabetização de jovens e adultos, cursinho pré-vestibular, oficinas para confecção de artesanatos, laboratório de jornalismo e mídia, atendimento psicológico, entre outras. Algumas dessas ideias e atividades poderão ser descartadas e outras inseridas – dependendo das parcerias firmadas e dos resultados de uma pesquisa de campo, já em andamento, sobre a realidade dos indígenas no município de Parintins.

Parcerias

O projeto prevê três tipos de parcerias. A primeira diz respeito ao apoio da Primeira Igreja Batista de Parintins (AM) e da Igreja Batista Regular da Pituba (BA) à família missionária que estará à frente do projeto, por meio de oração, aconselhamento e sustento financeiro. O projeto estará aberto a receber pessoas da Primeira Igreja Batista de Parintins e alunos do Centro de Treinamento de Líderes – Eglantina Lessa (CTL) para estágio voluntário.

A segunda tem a ver com a natureza do projeto. Tendo em vista que o público-alvo é um grupo com cultura e cosmovisão peculiares, é fundamental o apoio de outras pessoas e organizações experientes em trabalhos com esses grupos. Esse apoio será buscado, formal ou informalmente, junto a agências missionárias e outras entidades. Além de fornecer mentoreamento à equipe, consultoria antropológica e assistência técnico-administrativa na área de gestão de projetos, esses parceiros auxiliarão no planejamento estratégico e captação de recursos para que o projeto alcance seus objetivos e mantenha a transparência em todos os processos financeiros e administrativos.

A terceira diz respeito à parte prática do projeto. Para a realização e ampliação de algumas atividades, o projeto poderá estabelecer parcerias junto às seguintes entidades: Associação de Pastores e Líderes Evangélicos de Parintins – Apalepin, igrejas evangélicas, universidades públicas e privadas, Secretaria de Assistência Social do Município, Conselho Tutelar, Senac, Senai, micro e grandes empresas, profissionais liberais em geral, etc.

Desenvolvimento

Local e infraestrutura

Possibilidade de parceria com a Primeira Igreja Batista de Parintins para que o projeto seja desenvolvido nas dependências do complexo Bom Samaritano, localizado à rua Raul Góes, no bairro Nossa Senhora de Nazaré.

Atividades

As atividades do projeto serão desenvolvidas em módulos, de cinco meses cada. O primeiro módulo, de caráter experimental, prevê a realização das seguintes atividades: aulas de português e reforço escolar, eventos para promoção da cultura e da língua materna e ações para comunicar o evangelho. Após a realização do primeiro módulo e devida avaliação para melhorias e adaptações, o projeto terá continuidade com a ampliação das atividades e o público atendido.

Equipe

A gestão e coordenação do projeto estão sob a responsabilidade do casal de missionários Phelipe e Luíze Reis, que contará com o apoio de um conselho consultivo para orientar e opinar na avaliação, planejamento e tomada de decisões. O desenvolvimento do projeto prevê a participação de colaboradores que receberão uma ajuda de custo para execução de oficinas e/ou atividades especializadas, bem como a ajuda de voluntários para auxiliar em atividades de manutenção e limpeza do local, tarefas administrativas, divulgação, dentre outras. Essas colaborações serão efetivadas à medida que houver demanda no projeto e/ou pessoas interessadas em se envolver.

Quem somos

Phelipe e Luíze estão casados há seis anos e juntos trabalharam de 2010 a 2014 em Parintins, auxiliando a Igreja Batista Monte das Oliveiras e a Primeira Igreja Batista de Parintins. Neste período, desenvolveram atividades de evangelismo e discipulado de jovens, adolescentes e crianças; auxiliaram em viagens missionárias para comunidades ribeirinhas e indígenas; e realizaram atividades de ensino e capacitação de líderes. O casal tem uma filha de dois anos, chamada Elis, que nasceu dia 14 de agosto de 2015, em Viçosa (MG).

Em fevereiro de 2015 o casal se mudou para Viçosa (MG), para fazer o curso de missiologia no Centro Evangélico de Missões (CEM). Ao final de 2016, para conclusão do curso, realizaram estágio transcultural de 45 dias nas ilhas do Delta do Parnaíba, na divisa entre os estados de Maranhão e Piauí, em parceria com Missão Meap. Atualmente, Phelipe serve como jornalista na editora Ultimato e cursa o mestrado em Missiologia no CEM. A família está se preparando para o campo, com saída prevista para o segundo semestre de 2018. Saiba mais sobre a família no blog No Caminho.

“Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” (Is 26.3)

Para dúvidas, informações ou sugestões, fale conosco:

Celular: 031 9 9735-6845 | E-mail: p.marques.reis@gmail.com

Whatsapp: 031 9 9735-6845 (Phelipe) | 092 9 8211-9507 (Luíze)

Created By
Phelipe Reis
Appreciate

Credits:

Foto 1 topo: Eliseu Júnior. Foto 2 e 3: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

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