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Tendências de Comunicação e Marketing 2020

Índice

  • Introdução
  • Capítulo 1: Tendências de Marketing e RP
  • Capítulo 2: Tendências de Redes Sociais
  • Capítulo 3: Tendências de Design
  • Capítulo 4: Tendências de Marketing Digital
  • Conclusão

Introdução

John F. Kennedy disse: “A mudança é a lei da vida. E aqueles que olham apenas para o passado ou o presente certamente perderão o futuro. ”

Para um profissional que trabalhe em áreas como a comunicação ou marketing, a mudança não é apenas a lei da vida, é a lei do sucesso.

Só com um olhar atento e focado no futuro é que se torna possível atender às necessidades de mudança (cada vez mais rápidas!) do "cliente digital".

No espírito das palavras proferidas pelo presidente Kennedy, pensámos como seria o ano de 2020 e que impactos / mudanças poderão ocorrer em cinco áreas cruciais - marketing, RP, redes sociais, design e marketing digital.

Após ler este guia ficará com o conhecimento necessário para definir uma estratégia de comunicação muito mais focada e antecipando as mudanças.

Pronto para começar?

Capítulo 1: Tendências de Marketing e RP

Chegou aquela altura do ano em que os profissionais de Marketing e Relações Públicas de todo o mundo estão a tentar prever as tendências para o ano seguinte.

Quer que as suas campanhas captem a atenção dos consumidores e não sejam ofuscadas pela concorrência? Pois bem, é o que todos querem.

Analise estas sete tendências e alinhe a sua estratégia de marketing de acordo.

1) A atenuação da separação entre géneros

A geração Z rasgou, por assim dizer, um “livro de regras” já bem antiquado, e está a abrir caminho para quem não se conforma com os constragimentos impostos pela sociedade em torno do género e identidade.

Em 2019, as marcas começaram a desenvolver mais produtos neutros no que diz respeito ao género - como as novas lâminas da BIC - e têm vindo a explorar novas expressões de identidade sexual e de género nas suas estratégias de marketing - como o anúncio do novo perfume da Gucci, Memoire d’une Odeur, com Harry Styles.

Na cultura popular, são já muitas as personagens que não se identificam com um dos dois géneros, e várias personalidades, como Sam Smith, assumiram-se como não-binárias e expressaram publicamente a sua vontade de serem referidas com pronomes neutros em termos de género.

As organizações estão lentamente a fazer mudanças nas suas operações para se tornarem mais inclusivas, como por exemplo, através da introdução de casas de banho e provadores mistos.

Em 2020, esta tendência será cada vez mais integrada nas campanhas de comunicação, à medida que as marcas e os marketers se sentem mais familiarizados com a linguagem destes tópicos.

As marcas vão adotar e explorar formas para expressar a masculinidade e feminilidade de uma forma mais inclusiva e verdadeiramente representativa; mas, como tendência global, estará o esbatimento da linha de separação entre géneros.

2) Publicidade Hiper-Direcionada

Uma das maiores tendências de 2020 será a personalização.

Assim como esperamos que os nossos telefones saibam que aplicação queremos utilizar ou que palavra vamos escrever, os consumidores esperam que as empresas os conheçam intimamente, oferecendo-lhes o conteúdo que querem, no exato momento em que dele necessitam.

Uma forma de atingir este nível de personalização, particularmente nas ações de marketing B2B, é a publicidade hiper-direcionada, baseada na intenção de compra.

Pensemos em marketing orientado por dados. Através de ferramentas de business intelligence e plataformas analíticas, os marketers podem conseguir insights sobre que keywords os consumidores lêem mais e que tópicos são do seu interesse, podendo assim oferecer-lhes o conteúdo mais relevante.

3) Account-Based Marketing

Da mesma forma, através de estratégias mais integradas de Account-Based Marketing (ABM), os marketers podem chegar às empresas de uma forma muito mais personalizada.

Em vez de utilizar os canais de marketing tradicionais para gerar leads, uma estratégia de ABM começa por identificar e apontar os esforços para as contas que melhor se adequam ao seu négocio, em termos firmográficos, tecnográficos e ciclo de compra.

Para integrar (mais) o ABM na sua estratégia de marketing, trate cada conta como se fosse o seu próprio mercado. Para o fazer, crie conteúdo direcionado, como landing pages e campanhas de email marketing específicas para cada conta, e pode escalar esta prática quando aplicar ferramentas de automação de marketing e utilizar conteúdo dinâmico.

goodtoseo.com

O conteúdo dedicado leva à criação de melhores, e mais fortes, relações com as contas e, dessa forma, a que feche negócios mais rapidamente.

4) A ascensão do Chief Content Officer

O conteúdo é a pedra angular de todas as campanhas de marketing e iniciativas de Relações Públicas, proporcionando informações sobre a mensagem única de uma empresa. Sem ele, as empresas não conseguiriam ligar-se aos seus públicos-alvo de uma forma significativa e impactante.

Isto é especialmente verdadeiro na era digital avançada em que vivemos, à medida que uma estratégia de conteúdo eficaz e personalizada está, rapidamente, a deixar de ser um complemento agradável para se transformar num imperativo do negócio.

Assim, é natural que em 2020 a necessidade de conteúdo se venha a tornar tão consolidada, que se tornará num dos focos principais dos executivos de topo das empresas.

É previsível que o cargo de Chief Content Officer (CCO) ganhe importância e se torne numa prioridade para as empresas que procuram instituir um responsável pelo conteúdo. Guiando toda a organização para uma narrativa coesa, o CCO vai sentar-se com o CMO (Chief Marketing Officer) e o Responsável de Comunicação Corporativa, unindo todos os departamentos através da definição de uma história abrangente.

Isto significa, também, que o Chief Content Officer será um decisor-chave nas empresas de agora em diante, e não só irá desempenhar um papel fundamental em iniciativas corporativas, como também no próprio rumo da organização.

5) Criar / Otimizar para a posição ZERO dos resultados de pesquisa (SERP)

É uma vontade tão velha quanto o tempo… bom, pelo menos tão velha quanto o nascimento do Google: conseguir que o conteúdo fique posicionado no primeiro lugar das pesquisas orgânicas. De facto, o sonho de qualquer marketer de conteúdo é atingir essa posição.

Mas e se lhe dissessem que há um lugar ainda mais importante e influente do que essa posição número um? A Posição Zero na página de resultados de pesquisa (SERP)!

A Posição Zero representa o resultado de pesquisa que surge acima dos primeiros resultados orgânicos. Também conhecida como “Featured Snippet”, esta posição invejável oferece a quem pesquisa uma resposta direta às suas consultas orgânicas, sem que tenha de clicar no link apresentado.

Para os marketers de conteúdo, conseguir a Posição Zero num determinado motor de pesquisa oferece grande visibilidade na SERP, um enorme impulso para a autoridade da sua marca e, no geral, mais tráfego para o seu site. Mas isto não significa que a posição #1 seja irrelevante - ao escolher qual será o Featured Snippet para uma determinada pesquisa, o Google estabelece prioridades entre os resultados melhor qualificados.

A Posição Zero irá tornar-se mais importante à medida que o paradigma de como pesquisamos se transforma, passando de uma abordagem baseada em texto para uma ativada pela voz, como quando colocamos questões à Siri ou Alexa.

Para garantir esta cobiçada posição, é importante que crie conteúdo simples e relevante, que responda a uma determinada pesquisa orgânica e apresente o conteúdo num formato intuitivo e fácil de assimilar.

Em 2020, aparecer no lugar zero é melhor do que aparecer em primeiro lugar.

6) Ligação Humana

Criar uma ligação humana entre uma marca e a sua audiência vai ser crucial em 2020. Os consumidores sofrem uma constante sobrecarga de informação e esperam contactar com as marcas da forma que entenderem, pelo que é cada vez mais importante criar campanhas que provoquem emoções relevantes e memoráveis.

As melhores campanhas vão focar-se não apenas na angariação de clientes - mas de verdadeiros fãs que são apaixonados pela marca, procuram informação de forma proativa e tornam-se porta-vozes ativos do seu negócio.

Ao mesmo tempo, é importante que considere chegar junto dos consumidores que estão a fazer “desintoxicações digitais”. Como é que a sua marca traz valor a uma audiência desconectada? Conteúdo e vídeo interativos já não são suficientes. Não há soluções com uma abordagem que sirva para todos e que esteja pronta a utilizar.

O desafio é real - mas é também uma carta branca para a criatividade insaciável. À medida que cresce a polarização de opiniões e crenças, será fundamental criar campanhas que explorem verdades humanas e reconheçam o potencial humano.

O que funcionou durante a última década pode já não resultar. Este ano, até a época Natalícia trouxe novas cores à palette da publicidade. Desde o anúncio de Natal da Macy’s, que coloca o foco desta época festiva no empoderamento feminino e na igualdade de género, ao polémico cover de John Legend da música “Baby, It’s Cold Outside” - praticamente conseguimos sentir a mudança no ar.

À medida que nos aproximamos de 2020, os criativos têm boas razões para festejar todas as novas formas de pensar que vão ser importantes para o planeamento das campanhas durante o próximo ano.

7) Omnicanal: A Nova Norma

Na sua essência, o marketing resume-se à ligação com os consumidores através da lembrança, adoção e promoção da marca.

A experiência de cliente - ou customer experience - que o marketing omnicanal oferece, nos dispositivos e nos canais tradicionais, está desenhada para o cliente dos dias de hoje. Todos queremos sentir-nos valorizados e as estratégias de marketing omnicanal bem executadas cumprem exatamente esse objetivo.

Durante a última década, a maior competição pela atenção do consumidor e a proliferação de opções de canais, alterou os esforços de marketing para uma abordagem focada no consumidor. O marketing multicanal já não é sequer suficiente para promover o conhecimento da marca.

Esta trajetória vai manter-se em 2020 e mais além, até que o marketing omnicanal seja sinónimo da melhor prática para o marketing em geral - afinal de contas, quase todas as pessoas vão alternando entre vários dispositivos todos os dias.

Uma das melhores formas de criar uma ligação com alguém é fazê-lo sentir-se importante. Será cada vez mais frequente utilizar a profusão de dados disponíveis sobre os consumidores individuais, ao invés de recorrer a comuns personas de cliente. Aproveitar tamanha quantidade de dados também se tornará mais acessível para as empresas de pequena dimensão, à medida que chegam ao mercado as plataformas de analítica alimentadas por Inteligência Artificial.

O poder do toque pessoal é fundamental na era digital e cada vez mais marketers farão uma mudança, passando do foco no canal para uma obsessão com os clientes.

Capítulo 2: Tendências de Redes Sociais

Ao pensar sobre a rapidez com que as redes sociais podem (e vão) mudar, pode ser um pouco difícil prever com total confiança quais serão as próximas tendências e previsões para o próximo ano. No mundo das redes sociais, muita coisa pode mudar num curto espaço de tempo.

Após algumas discussões, reuniões, observações e um pouco de instinto de marketing, reunimos algumas tendências que poderá utilizar para planear as suas campanhas para 2020.

1) As Instagram Stories vão tornar-se ainda mais importantes para as empresas

Lembra-se quando a opinião geral sobre o Instagram Stories era que o Instagram estava apenas a tentar copiar o Snapchat? Boa parte dos profissionais de marketing terá de admitir que nunca pensou no sucesso que esta funcionalidade viria a ter, mas no entanto, hoje recomendam a sua utilização aos possíveis clientes e reforçam o enorme potencial e a importância que as stories têm para as empresas.

O objetivo das redes sociais é permitir que as marcas contém a sua história, e qual a melhor forma de o fazer que utilizando algo que tem "histórias" (stories) no seu nome?

As stories já são um meio para que os utilizadores entrem em contacto com uma empresa e acabem numa landing page ou no seu perfil de Instagram. No entanto, parece que todos os dias surgem novas funcionalidades que permitem aos utilizadores interagir com as marcas.

Atualmente as empresas podem até adicionar os seus próprios GIFs à plataforma (já viu os nossos? Pesquise por "teamlewis" ao escolher um GIF).

Hoje em dia pode aproveitar todos os tipos de funcionalidades que as stories oferecem, desde a geolocalização, às menções, GIFs, questionários ou até criando uma poll para votações. O potencial é enorme.

Diversas marcas e influenciadores utilizam precisamente as votações para obter feedback diretamente dos seus seguidores e saber que tipo de conteúdo gostariam de ver. Esta é a prova que o conteúdo social orgânico, tal como os anúncios pagos, precisa de ser relevante e personalizado.

Em 2020, tudo aponta para que sejam disponibilizados mais recursos para os stories, o que dará uma vantagem competitiva a quem os utilizar e, como consequência, uma desvantagem a quem demorar mais tempo a aderir às novidades.

2) O comércio eletrónico nas redes sociais irá crescer

E por falar em marcas no Instagram, atualmente os utilizadores têm cada vez mais opções para comprar artigos diretamente pelo seu telemóvel. Não será então de admirar que, ao longo do próximo ano, sejam criadas novas funcionalidades para compra de artigos diretamente nos feeds das redes sociais.

Diversas técnicas já eram aplicadas em campanhas B2B, com formulários de contacto que se preenchem automaticamente ou subscrição de newsletters sem que seja necessário sair da plataforma, mas agora o alcance é outro. Ao replicar as mesmas técnicas ao mercado de consumo e B2C, o sucesso deverá ser garantido.

Os próximos anos deverão levar à mudança do paradigma atual, em que a maioria das pesquisas por produtos são feitas no telemóvel, mas a compra só é concluída no computador. As redes sociais vão ser o elo de ligação que faltava e certamente vão levar o comércio eletrónico a novas metas.

Será então crucial que as empresas monitorizem os fluxos de venda via mobile e identifiquem areas de melhoria nas suas plataformas sociais e websites.

3) As empresas terão de se familiarizar com os grupos do Facebook

Já ouvimos este assunto milhares de vezes: "Devido à constante mudança de algoritmo, o alcance orgânico das redes sociais está a diminuir, especialmente no Facebook". Embora isto possa parecer assustador para as empresas, não significa que a sua estratégia social orgânica deva ser abandonada em 2020 - ela só precisa ser adaptada. Os grupos do Facebook parecem ser uma das possibilidades.

Quando Mark Zuckerberg e a equipa do Facebook decidiram priorizar o conceito de "comunidade" no feed de notícias, a piada que se gerou online era que, a partir desse momento, iriamos passar a ver mais bebés e anéis de noivado no nosso feed ... e as piadas não estavam (totalmente) erradas.

No entanto, vimos também um aumento da relevância dos grupos. Esses grupos são as comunidades virtuais do Facebook, permitindo que os utilizadores se conectem com base num interesse comum, gostos, localização geográfica, etc.

O algoritmo atual favorece a visualização desses conteúdos, dai que, se as marcas desejam um maior alcance orgânico para se conectarem com seu público, deverão investir numa estratégia especifica. A entrada num grupo é voluntária e depende unicamente da vontade do utilizador, o que faz com que a pré-disposição dos elementos do grupo para "consumir" os conteúdos que lá possam ser partilhados seja bastante elevada. Esta é uma oportunidade de ouro, não só para as marcas alcançarem as pessoas que realmente querem e estão interessadas na mensagem, como também para interagir com a comunidade. Que melhor lugar para descobrir futuros embaixadores da marca?

Várias empresas já estão a tirar os proveitos dos grupos do Facebook e a colher os benefícios do seu maior envolvimento. É a sua vez.

4) Os profissionais de marketing terão de perseguir os jovens para novas plataformas sociais

Lembra-se quando - em 2004 - o Facebook podia ser utilizado apenas por estudantes universitários?

Após algum tempo, a plataforma foi aberta ao público em geral e utilizadores de todas as idades afluíram à que é hoje, a maior rede social do mundo.

E qual a consequência deste crescimento?

À medida que os pais, tios, primos, e até avós aderiram ao Facebook, as gerações mais jovens começaram a sair. As redes sociais estão a amadurecer e as plataformas estão a acompanhar o amadurecimento dos seus utilizadores. Se os profissionais de marketing estiverem a tentar alcançar um público-alvo mais jovem, terão que explorar novas plataformas e criar novos conteúdos.

Em 2020, uma das plataformas que os profissionais de marketing vão necessitar de prestar atenção é o TikTok.

Com a média de idades dos seus utilizadores abaixo dos 24 anos, a geração Z tomou conta desta app de vídeos, o que por si só representa um local de excelência para o envolvimento com os clientes mais jovens.

Como é o caso de qualquer rede social, será crucial que os profissionais compreendam o tipo de conteúdo que lá é partilhado e alinhem a sua estratégia de acordo. No caso do TikTok, o conteúdo de vídeo único e original é rei!

5) A publicidade baseada na geolocalização vai aumentar

Atualmente, a maioria das pessoas tem sempre (pelo menos) um dispositivo móvel com localização GPS ativado, o que torna a segmentação social assustadoramente precisa e, geralmente, relevante. A segmentação por local não é novidade nos anúncios em redes sociais, mas, à medida que as pessoas forem passando cada vez mais tempo nos seus telemóveis e a precisão de localização dos dispositivos for melhorando, o recurso a esta publicidade irá certamente crescer.

Seja num aeroporto, numa viagem de metro, numa fila de supermercado ou enquanto espera pela sua senha nas finanças, as pessoas estão sempre com o telemóvel na mão, o que o torna no dispositivo eletrónico de eleição para passar o tempo. Enquanto o fazem, muito provavelmente estarão a verificar os seus perfis sociais e já que assim é, porque não prender a sua atenção com uma promoção de algo à venda no supermercado no qual estão a fazer compras? Ou que tal oferecer um desconto na estadia para a cidade para a qual voaram ou retornam? Muitas marcas já implementam esta estratégia de remarketing e continuarão a fazê-lo em 2020.

6) O lead nurturing será incorporado nas campanhas

Anteriormente no LinkedIn, para ter um anúncio patrocinado (conteúdo estático) e um anúncio em vídeo, teríamos de criar campanhas separadas. No entanto, a partir de agora, será possível configurar as campanhas para incluir diversos formatos publicitários.

O LinkedIn anunciou a opção de implementar "nurture targeting", em que nurture significa "nutrir/alimentar" e targeting em "ser alvo de". Nurture targeting é portanto uma forma de apontar os esforços aos seus potenciais clientes.

Se algum utilizador do seu público-alvo visualizar a sua publicidade, o LinkedIn irá selecioná-lo para ver mais anúncios da sua empresa ou até para um determinado conteúdo. Desta forma, irá "alimentar" os utilizadores enquanto percorrem a jornada até ao preenchimento de um formulário e, a partir daí, passarem a ser contactos.

Ao termos diversos formatos de anúncio na mesma campanha, o nurture targeting será também particularmente útil para fazer testes A/B nos diversos formatos de anúncio e ver o que funciona o melhor para o seu público-alvo.

7) Ter tudo (ou nada) com a segmentação "OU"

Seguindo uma ideia inicialmente implementada pelo Facebook, o LinkedIn lançou a opção de segmentação "OU" (OR) para criar e estreitar o público-alvo.

Até agora, apenas era possível segmentar o público utilizando o recurso "E" (AND), o que era útil para, por exemplo, chegar junto de um utilizador com um cargo sénior E com nacionalidade portuguesa. Com a introdução do OU, é possível ser mais seletivo com a segmentação e apontar a publicidade para utilizadores que sejam portugueses E tenham um cargo sénior OU tenham o cargo de CEO de uma empresa.

Isto significa que é possível abranger um leque muito maior de utilizadores e incluir todo o tipo de perfis de público-alvo na mesma campanha. Ao planear as próximas campanhas de 2020, lembre-se da possibilidade de utilizar o OU e alcance públicos muito mais específicos.

Capítulo 3: Tendências de Design

Embora a sua marca continue a marcar a sua posição e identidade junto do público, é crucial ficar à frente da concorrência. Num mundo profundamente digital, a componente visual ganha cada vez mais importância e representa a oportunidade ideal para passar mensagens que fiquem na memória.

Todos querem saber quais as tendências para o mundo do design gráfico, uma vez que esta é uma área que é objeto de profunda admiração e grande inspiração para muitos. Curioso? Eis as tendências que se vão destacar no próximo ano.

1) Colagens de desenhos e fotografias

Nos últimos tempos, tem surgido uma tendência de design gráfico criativa e bastante interessante, que faz lembrar os desenhos que as crianças fazem nos seus cadernos: o doodling. Este estilo (que se poderia traduzir como “rabiscar”) começou como uma tendência mais informal no mundo da ilustração, no entanto, transformou-se num sucesso de forma tão rápida que agora surge em designs por todo o lado.

Quando aplicado ao design gráfico, ajuda a conseguir uma imagem da composição mais informal, personalizada, feita à mão e, de um modo geral, também mais divertida.

https://dose.media/
https://www.behance.net/gallery/85233613/Behind-Closed-Eyes

Os designers têm vindo a combinar fotos reais com ilustrações simples que substituem partes da fotografia, ou interagem com ela, algo parecido com o doodling, mas que aposta um pouco mais na parte da criatividade. Esta tendência inovadora vai definitivamente destacar-se em 2020, uma vez que proporciona oportunidades para criar peças únicas.

2) A loucura da tipografia

Para criar composições mais modernas e inovadoras, os designers apostam cada vez mais em brincar com a tipografia, e é expectável que esta tendência floresça em 2020 – literal e figurativamente!

Seja pela decoração com flores, formas geométricas ou outros elementos criativos, a tipografia artística é certamente a solução perfeita para prender a atenção de qualquer um. Quando combinada com a tipografia de grandes dimensões – uma das tendências de 2019 – é certo que a tipografia artística se irá destacar verdadeiramente em 2020.

https://www.behance.net/gallery/73395969/Host-Home

Falando em “maxi-tipografia” – esta tendência tem conseguido manter-se estável e continuará também a aparecer. De facto, em 2020 as letras vão assumir um tamanho tão grande que os designers terão que dividir as palavras em várias linhas.

https://www.behance.net/gallery/77132715/Arnotts-Brown-Thomas-Values

No que toca à espessura, a regra é simples: quanto mais espesso for, melhor. Os tipos de letra e inscrições mais “pesados” já estão a invadir o mundo do design gráfico; vemo-los em logotipos, posters ou designs para a web, e até no design de embalagens. Uma vez mais, as letras serão enormes e podem até ultrapassar os limites das composições.

https://www.behance.net/gallery/83163177/Transfers-are-not-stickers

Uma outra grande tendência de tipografia durante o próximo ano será a sua utilização para desenhar formas: espirais, círculos ou simples curvas que acompanham as curvas de outros elementos do design. As formas podem ser bidimensionais ou até tridimensionais; uma aposta de sucesso é a criação de objetos em 3D com palavras, como cubos, escadas e outros.

https://www.behance.net/gallery/82626939/ADC-Creative-Week-2019

A semi-transparência na tipografia também está na moda e em 2020 vai manifestar-se sob diferentes formas. Partes de palavras a sobreporem-se a outras; “tipografia dupla”, com parte da segunda palavra transparente; ou simplesmente tipografia semi-transparente sobre fotografias ou outros elementos da composição gráfica.

https://dribbble.com/shots/7151708-Daily-Dark-UI-UX-Challenge-02-Obelisk

3) Imagens e máscaras de texto

As máscaras de imagem e texto não são uma técnica nova no mundo do design, mas vão parecer bastante modernas em 2020. Uma vez que deixam uma grande parte da imagem por revelar, ajudam a conseguir um aspeto misterioso e minimalista.

https://accm.ie/

Em 2020, os designers vão continuar a criar composições com máscaras de imagem e texto e, neste último caso, vão utilizar tipografia de grandes dimensões para conseguir o efeito desejado.

https://dribbble.com/shots/6209569-About-Audible

4) Ilustrações isométricas

As ilustrações isométricas têm sido uma tendência desde há muitos anos e, logicamente, atravessaram muitas transformações. Utilizadas muitas vezes para o design de infográficos, apresentações ou para web design, são um dos estilos favoritos pela sua capacidade de ilustrar objetos 3D em superfícies 2D, que se tem tornado mais real do que nunca.

Em 2020, o destaque vai para o movimento: o design gráfico isométrico vai evoluir para uma solução visual totalmente animada e muito envolvente. É expectável que esta tendência continue a evoluir, até ao ponto em os objetos 3D vão mover-se e interagir com o público.

5) Aposta no monocromático

Ultimamente assiste-se a uma tendência dos designers gráficos e dos web designers para utilizar um efeito monocromático nas imagens. Em 2017, a grande moda tinha sido o duotone (dois tons) – ao que parece, evoluiu agora para uma versão ainda mais simplificada. Os filtros monocromáticos têm vindo a ser muito utilizados em fotografias ou em elementos parciais de uma composição gráfica.

6) Profundidade 3D e realismo

A tendência 3D chegou ao auge em 2019 e decerto não desaparecerá tão cedo. Graças às oportunidades proporcionadas pelas funcionalidades das tecnologias e softwares modernos, em 2020 vamos continuar a ver fantásticas composições de design gráfico em 3D.

Mas elas irão ainda mais longe – numa tentativa de se tornarem mais criativos, os designers vão combinar esta tendência com outras realidades, como fotografias e objetos bidimensionais.

7) Ilustrações simplificadas

Utilizar ilustrações no design gráfico não é uma novidade – de facto, os designers incorporam ilustrações com frequência, para melhor transmitir conceitos e ideias e comunicar mensagens. No que toca às tendências de 2020, as ilustrações simples serão uma das principais escolhas.

A falta de detalhes permite que os designers não se foquem na arte em si, mas sim na mensagem que ela pretende passar. Em 2020, as ilustrações em design vão parecer demasiado simplistas, como se fossem esboços, e até mesmo... infantis.

E aqui está. As tendências de design gráfico para 2020 são impressionantes e bastante diversas! Vamos poder ver fantásticos trabalhos de design com tipografia, combinações de cor hipnotizantes, designs simplistas, doodling e muitas outras tendências fascinantes.

Capítulo 4: Tendências de Marketing Digital

O marketing digital tem estado em destaque nos últimos anos, e é cada vez mais uma aposta obrigatória de todas das empresas. O conceito de marketing digital compreende todas as atividades que uma empresa / pessoa executa online, com a finalidade de atrair negócio, divulgar a sua marca e criar relações com a sua audiência. O que estará reservado para 2020?

Desde formas criativas para aumentar a interação orgânica nas redes sociais, até desenvolvimentos em marketing automation e formulários que não se parecem com formulários. Que ótima forma de receber o novo ano, aumentando a visibilidade da sua marca e melhorando a jornada do cliente.

1) Vídeos Interativos

Tradicionalmente, o vídeo tem sido uma "via de sentido único" onde quem vê é uma figura passiva, incapaz de interagir com o meio e não fazendo mais do que carregar “pausa” ou “rewind”. Isto foi suficiente no início da utilização dos vídeos, quando a tecnologia entretinha o suficiente, e mesmo nos últimos 10 anos, quando o vídeo online e em streaming atingiu níveis satisfatórios, ver vídeos com os nossos headphones foi suficiente para saciar os nossos hábitos.

Agora as audiências são mais exigentes.

Não se trata apenas de personalizar a duração - muito curta para redes sociais e mais longa para live streaming - trata-se de personalização e interação. Em 2020, o foco será no vídeo interativo e de "duplo sentido".

Entre os muitos existentes, podemos falar de filmes com linhas de história interativa. Frequentemente referidos como vídeos “escolha a sua própria aventura”, estes permitem que o público tome decisões enquanto os visualiza. Estas vão afetar a história e, no limite, levar a diferentes finais. Dois exemplos recentes disto são as séries Black Mirror: BandersnatchYou vs Wild de Bear Grylls, ambas disponíveis na Netflix.

Também os vídeos interativos, em que o utilizador pode clicar nos itens que aparecem na imagem e automaticamente ser encaminhado para um cesto de compras esses itens já adicionados, serão uma tendência importante. Isto permitirá às marcas calcular de forma mais precisa o ROI, verificando que artigos específicos estão a ser comprados pelos clientes diretamente a partir do vídeo.

Com a chegada das selfies customizáveis e lentes de realidade aumentada - em que ambas oferecem maior possibilidade de personalização ao utilizador - estamos preparados para um ano em que o crescimento e inovação do vídeo deverão ser expressivos. Mantenha-se atento à forma como as marcas integram os vídeos interativos na sua estratégia de content marketing.

2) Inteligência Artificial conversacional e chatbots

Com o processamento de linguagem acionada por inteligência artificial a atingir novos marcos todos os anos, há que ter especial atenção às melhorias da IA conversacional. A sua aplicabilidade mais popular tem sido em chatbots e estes têm permitido às empresas responder a preocupações dos clientes sem intervenção humana, reduzindo a espera em clientes com necessidades mais complexas.

Com 80% dos negócios a querer ter chatbots em 2020, iremos começar a ver crescer os pedidos de bots com capacidades mais avançadas, incluindo a capacidade de manter conversas ao telefone com uma voz semelhante à de um humano e a capacidade de perceber e assistir a pedidos mais complexos.

3) Monitorização melhorada de redes sociais e integração de canais sociais

As redes sociais tornaram-se indispensáveis às conexões interpessoais na cultura de hoje. Os meios de comunicação tradicionais como o email estão a ser menos utilizados a favor de plataformas mais pessoais e interativas, cada uma com as suas normas e especificidades. Assim, será cada vez mais importante para os negócios ter a capacidade de interagir com os clientes através destes websites de forma apropriada.

Embora já existam ferramentas para análise de sentimentos e resposta automática em plataformas como o Facebook e o Twitter, de 2020 em diante, deveremos começar a ver surgir ferramentas para monitorizar e integrar os canais sociais de forma mais efetiva, resolvendo questões e utilizando o resultado para, de forma preventiva, melhorar a experiência da base de consumidores de uma marca. Estas ferramentas de monitorização permitirão também às marcas capitalizar o marketing em tempo real.

4) Tecnologia de Voz Evolutiva

Com a previsão de que 50% de todas as pesquisas serão realizadas por voz já em 2020, devemos esperar que a tecnologia de ativação de voz prossiga o seu caminho para a ubiquidade já no próximo ano.

A integração da tecnologia com recurso à voz irá expandir-se às nossas rotinas diárias, com a Alexa a formar equipa com marcas como a Whirlpool e a LG. Isto significa que, antes de nos darmos conta, iremos estar a dizer à nossa cozinha que coloque a máquina a lavar ou algum pão a torrar.

Um desenvolvimento mais recente é o reconhecimento do contexto a partir de pesquisas anteriores – tornando as tarefas mais fluídas e conversacionais. Por exemplo, pode porguntar “OK Google, que música está a tocar?” e se quiser prosseguir, em vez de ativar o seu dispositivo outra vez com um “OK Google”, pode apenas dizer “Acrescenta à minha lista do Spotify" e... Magia! A música está na sua lista.

Outra grande tendência na pesquisa de voz é a transcrição ao vivo, em que tanto o reconhecimento de voz da Google como da Amazon são incrivelmente rápidos e precisos (pensem na legendagem ao vivo do YouTube, mas aplicada a chamadas telefónicas, seminários, etc.)

E por fim, as gravações do Google Assistant a fazer uma chamada telefónica no ano passado, mostraram ao mundo um futuro que não precisa de marcações telefónicas. Podemos esperar uma implementação internacional já em 2020, no entanto o bom funcionamento desta tecnologia ainda uma dúvida!

5) Pesquisa Visual

A função de pesquisa no Google a partir de uma imagem tem andado por aí nos últimos anos. Em vez dos tradicionais resultados de uma pesquisa por texto, os resultados de pesquisa a partir de uma imagem incluem outras imagens semelhantes, bem como os websites que as utilizam.

Atualmente, não existem tipos de anúncios específicos ou tipos de campanhas de pesquisa dedicadas à pesquisa visual, porém, ao longo do último ano, os principais motores de busca (Google e Microsoft) estiveram fortemente focados no desenvolvimento de automatização, alimentadas pelo machine learning.

Futuramente, motores de busca como o Google irão desenvolver a sua tecnologia de pesquisa visual, expandindo as capacidades e oferta de publicidade à volta disso. Em 2018 foram já dados alguns passos na inovação em pesquisa visual e a marca Google Lens foi lançada como aplicação que agiliza as pesquisas por imagem diretamente a partir de câmaras de dispositivos móveis.

Ao contrário de campanhas baseadas em pesquisas por palavras-chave, uma campanha por imagem depende mais da tecnologia capaz de identificar que resultados são relevantes. As campanhas de pesquisa dinâmica já utilizam o machine learning para avaliar as landing pages e determinar que palavras-chave podem ser relevantes.

O próximo passo poderá (muito provavelmente) ser a incorporação de imagens.

6) Qualidade da Landing Page

À medida que as melhorias tecnológicas permitidas pelo 5G são implementadas e as áreas com sinal (forte) de Wi-Fi se tornam mais comuns, o tempo que um website demora a carregar e a qualidade do mesmo tornam-se muito importantes para efeitos de cálculo do índice de qualidade.

A velocidade é já um fator de avaliação do Google para todos os dispositivos, mas com os dispositivos móveis a representar metade do tráfego de pesquisas, as landing pages deverão ser otimizadas para mobile, o que significa uma capacidade de carregar rapidamente, uma navegação fácil e design otimizado para todos os dispositivos móveis.

Para garantir uma abordagem coesa do marketing omnicanal, o tempo de carregamento ideal deve ser de três segundos ou menos. Não respeitar este indicador e prolongar o tempo de carregamento, poderá levar à perda de quem quer entrar no website.

A baixa velocidade da página levará os visitantes a perderem a atenção, além de potencialmente contribuir para uma redução/perda de tráfego ou levar a que o website apareça em posições mais baixas, comparativamente a anunciantes concorrentes com velocidades mais rápidas.

7) Formulários Interativos (que não se parecem com formulários)

Eles já nos descobriram! Quem? Potenciais leads.

Eles sabem o que queremos - as suas informações. Porquê? Para que lhes possamos vender coisas. E adivinhe? Eles estão cansados de preencher os nossos formulários.

Mas ... mas ... mas ... precisamos das suas informações. E agora?

Bem, e se pudéssemos torná-lo divertido? Divertido? Sim, divertido. Ou pelo menos não chato.

É aqui que os formulários interativos e inteligentes entram na sua estratégia de marketing. Se bem feito, o lead nem perceberá que está a preencher um formulário.

Em vez de lhes pedir para escrever (o que, para ser sincero, nem sempre é uma boa experiência num telemóvel), peça para clicarem em imagens ou botões.

Vamos utilizar uma empresa de painéis solares como exemplo.

  • Quer saber onde eles pretendem ter energia solar? Dê-lhes uma foto de uma casa ou escritório para clicar.
  • Quer saber quanto geram de receita? Dê-lhes um controle deslizante para arrastar.
  • Quer saber quantos funcionários têm? Dê-lhes botões com opções.
  • Quer saber onde eles estão localizados? Dê-lhes um mapa interativo.

Agora leve as ações mais além e torne-as inteligentes. Depois de selecionarem "casa ou empresa", as perguntas seguintes devem ser adaptadas a esse público.

Precisa do endereço de email? Ok, aqui não se pode fugir. Eles vão ter mesmo de o escrever.

Seja verdadeiro e diga-lhes o motivo pelo qual está a solicitar o email e claro, ofereça algo em troca, como um download gratuito ou um código de desconto.

Os formulários não têm que ser uma seca. Vamos voltar a ter formulários divertidos e, em troca, mais leads.

Se ainda não definiu as suas metas, avalie as do próximo ano e veja se sua estratégia de marketing irá ajudar a sua marca no rumo para o sucesso. Já tem uma estratégia, mas precisa ser afinada? Reveja tudo o que escrevemos acima e decida qual a tendência de marketing que pode fazer a diferença para colocar a sua marca no mapa.

Conclusão

No momento em que fechamos a estratégia digital de 2019 e abrimos este presente novo e reluzente que é o planeamento de 2020, não conseguimos deixar de sonhar com as grandes tendências que se avizinham.

Esperamos que tenha em consideração as nossas sugestões ao planear a sua estratégia de comunicação e marketing, mas lembre-se, todas as áreas abordadas neste eBook estão em constante mutação e é importante acompanhar de perto a forma como evoluem.

Se necessitar de uma equipa que já pensa em 2022 e que segue as últimas tendências com vista a otimizar o negócio dos seus clientes, contacte os nossos especialistas.

Até já! :)

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LEWIS Communications
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Criado com imagens de Danil Aksenov - "Christmas Lights" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler" • Kaleidico - "untitled image" • Alice Achterhof - "Man holds painted mess" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler" • Joseph Pérez - "Like a mother does" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler" • Charles 🇵🇭 - "Browsing Netflix" • Lukas Blazek - "Alarm clock friends situation with hand" • Bhushan Sadani - "Mumbai sparkler"