Há Ler e Ler, há ir e avançar Reflexão critica do formando rui festa no ÂMBITO da formação "leitura em dispositivos MÓVEIS na biblioteca"

A utilização de dispositivos móveis em contexto escolar continua a estar na ordem do dia nas nossas escolas, transitando da postura típica de um qualquer “Velho do Restelo” que continua a proibir, determinantemente, a utilização de telemóveis ou tablets na sala de aula (ou na biblioteca!!) para aqueles que assumiram, com naturalidade, a importância que a tecnologia ocupa nas nossas práticas diárias, conseguindo que smartphones, tablets e computadores se aliem aos manuais.

A tecnologia veio potenciar novas formas de aprender e começa a ser evidente o impacto que a utilização dos dispositivos móveis têm na educação, não só como forma de equidade da educação, mas também por permitir, por exemplo, uma aprendizagem mais personalizada.

Apesar das resistências, é importante que que os dispositivos móveis se assumam como complementos fundamentais dos manuais, do currículo e, por que não, dos exames!

Mas também nas bibliotecas escolares é fundamental quebrar barreiras e fazer com que estes dispositivos sejam importantes aliados na promoção da leitura e das diferentes literacias.

Eu já não concebo a minha prática diária sem o recurso à internet, ao smartphone ou ao tablet, apesar de existir algum esforço da minha parte para não me submeter à tentação de descarregar todas as aplicações que vão surgindo, com as promessas de facilitar o nosso dia a dia, até porque, muitas das vezes, dou por mim a ter de as ir eliminado gradualmente, porque já não tenho espaço no telemóvel ou no iPad.

A minha experiência diz-me, também, que há cada vez menos pessoas avessas à tecnologia, estando os professores bibliotecários na linha da frente da motivação para a utilização das apps e dos dispositivos, sendo que o Kahoot e o Padlet reúnem consenso generalizado e são duas das ferramentas mais utilizadas no desenvolvimento da competência leitora.

Apesar de já conhecer algumas das ferramentas apresentadas no âmbito desta formação, não posso deixar de reconhecer a importância destes momentos de partilha e de troca de experiências entre pares até para perceber se estamos muito próximos ou desfasados.

Esta questão, foi percetível, por exemplo, logo no início da formação quando os formandos se pronunciaram acerca do uso que fazem dos dispositivos móveis, no acompanhamento às escolas, nas reuniões concelhias ou enquanto docentes. Consensualmente, acabamos todos por utilizar estes dispositivos diariamente a nível pessoal, para ler e enviar emails, consultar as nossas agendas ou pesquisar algo na internet. No que concerne ao trabalho de proximidade nos concelhos que acompanhamos, percebemos que ainda há situações díspares: por um lado, acompanhamos professores bibliotecários perfeitamente disponíveis e muito curiosos em relação às novas tecnologias, sempre prontos a abraças novas experiências, e aqueles que raramente utilizam as tecnologias ao serviço da promoção da leitura e das situações de aprendizagem mais informal. É certo que há algumas limitações, que acabam por comprometer o trabalho a realizar e, consequentemente, desmoralizar aqueles que são mais avessos às tecnologias.

Estes dois dias de formação trouxeram surpresas bastante agradáveis, como o Quizizz, o Lapse it ou o Google Expeditons e são experiências como estas que nos motivam a continuar e a experimentar aplicações. É claro que aplicações como o Google Expeditons precisam de uma boa ligação de internet para poderem ser convenientemente utilizadas e aproveitadas pelos alunos e é aqui que reside um dos problemas da utilização das tecnologias. Outras questão tem que ver com o tempo que é preciso disponibilizar para preparar um determinado conteúdo, que muitas vezes “se esgota” em pouco minutos.

Mas estamos todos convictos de que é este o caminho! E que não passa pela proibição ou pelo receio de experimentar e de falhar! "Navegar é preciso...."

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